O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta quarta-feira (3), após evento na OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), que a atividade econômica deve cair no segundo trimestre deste ano, o que tradicionalmente acontece, e que voltará a se recuperar na segunda metade do ano.
“O crescimento, que já teve um ritmo de 3% [no primeiro trimestre em relação ao quarto trimestre de 2016], cai no segundo trimestre, é uma acomodação normal, e volta no segundo semestre”, afirmou.
Meirelles disse ainda que a mudança de metodologia do IBGE feita no mês passado, que aumentou o crescimento de comércio e serviços em relação aos dados anteriores, pode levar a equipe econômica a revisar para cima a alta do PIB prevista para este ano, de 0,5%.
“O Brasil já está crescendo a um ritmo de 3% no primeiro trimestre [na comparação com o quarto trimestre de 2016]. Deve cair um pouco no segundo trimestre, e volta a se recuperar no segundo semestre”, afirmou.
Se na comparação com o quarto trimestre do ano passado a avaliação é que o primeiro trimestre terá alta de 3%, em relação ao período de janeiro a março de 2016 a alta é de 0,7%, segundo Meirelles.
“Hoje, usando uma linguagem clássica de Banco Central, há um viés de alta [na projeção oficial de 0,5% do PIB em 2017]. Se houver evidências concretas que será maior, vamos divulgar. Tem as mudanças metodológicas do IBGE que estamos analisando, e caso haja necessidade vamos mudar”.
O ministro declarou que, até a noite desta terça-feira (2), os cálculos do impacto que as mudanças feitas no relatório da reforma da Previdência se mantinham os mesmos -uma economia 24% menor do que o proposto originalmente.
“É uma democracia, é normal que haja negociação com o Congresso. Acredito que estamos indo muito bem”, disse o ministro.
Meirelles disse que a expectativa é que a reforma seja votada em plenário neste mês. “Quanto mais cedo melhor, por questão de expectativa da sociedade, em especial para a recuperação da economia. No entanto, não será uma, duas, três semanas que fará uma diferença fundamental em uma reforma que durará por décadas”. (Folhapress)