Atiradores abriram fogo nesta sexta-feira (26) contra cristãos coptas em um ônibus no interior do Egito, matando 26 pessoas e ferindo outras 25.
De acordo com as autoridades locais, o ataque ocorreu enquanto os fiéis viajavam para o monastério São Samuel, na província de Minya, a cerca de 250 quilômetros ao sul do Cairo.
Testemunhas disseram que o ataque foi realizado por entre oito e dez militantes armados usando fardas militares e máscaras. Vários passageiros do ônibus eram crianças.
O presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, convocou uma reunião de emergência para discutir o ataque.
Até agora, nenhuma organização reivindicou a autoria da ação.
Os cristãos egípcios, também conhecidos como cristãos coptas, são alvo de uma campanha de facções terroristas, que os consideram “infiéis”.
Em 9 de abril, Domingo de Ramos, duas igrejas no país foram atacadas, em uma ação reivindicada pelo Estado Islâmico. A milícia extremista mantém uma insurgência no país, atuando principalmente na península do Sinai.
Em visita ao Egito após os atentados, o papa Francisco condenou a violência cometida “em nome de Deus”.
Em entrevista recente à reportagem, dom Kyrillos, bispo copta-católico do Egito, defendeu que os coptas reajam “pacificamente” às crescentes ameaças de organizações terroristas.
A comunidade cristã é uma minoria no Egito. Falantes de uma língua que remonta aos tempos dos faraós, eles correspondem a 10% de uma população de 90 milhões, segundo dados oficiais. Além disso, trata-se de um grupo economicamente marginalizado. (Folhapress)