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Atentados no Egito e na Turquia provocam dezenas de mortes

Dois graves atentados ocorreram neste final de semana no Egito e na Turquia. Houve a morte de pelo menos 63 pessoas.

Egito

Ao menos 25 pessoas morreram na manhã deste domingo (11) em um atentado à bomba contra a Catedral São Marco, dos cristãos ortodoxos coptas, no Cairo. A bomba explodiu durante a missa, em uma ala reservada às mulheres. O ataque ainda não foi reivindicado.

O saldo de vítimas não para de aumentar. As operações de resgate ainda continuam na interior da igreja, informa a televisão estatal egípcia. Ao menos 49 pessoas ficaram feridas. A maioria das vítimas é mulher, segundo a Rádio França Internacional.

“A explosão aconteceu no momento em que o padre nos chamou para a oração”, contou Emad Choukry. Ela disse que, apesar da destruição e da poeira que dificultava a visão, conseguiu chegar até a porta e escapar. “As pessoas gritavam e havia muitos corpos no chão”, relatou.

A forte explosão, provocada por uma bomba de 12 kg de TNT, foi ouvida em toda a região. Nenhum grupo reivindicou até o momento o ataque. Mas nas redes sociais o anúncio do atentado provocou uma onda de comemoração dos simpatizantes do grupo Estado Islâmico.

O imã do Egito, Al-Azhar, condenou a explosão na catedral. O ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Marc Ayrault, prestou sua solidariedade ao Egito diante desse “atentado odioso”.

Os coptas ortodoxos do Egito são alvo de atentados frequentes. Eles representam 10% da população do país e são a maior e uma das mais antigas comunidades cristãs do Oriente Médio.

No entanto, eles são pouco representados no governo e em setores importantes da sociedade, como a justiça, universidades ou polícia.

O aumento do islamismo radical no país agrava o sentimento de marginalização dos coptas, principalmente após a queda do presidente Hosni Moubarak, em fevereiro de 2011, que provocou uma onda de insegurança no país.

As forças de segurança egípcias combatem uma insurreição islâmica baseada no norte do Sinai, mas que com frequência realiza ataques no Cairo e em outras cidades do país. Na última sexta-feira (9), seis policiais morreram na explosão de duas bombas.

Turquia

A Turquia decretou neste domingo(11) dia de luto nacional, após o duplo atentado no centro de Istambul. O último balanço de vítimas, publicado nesta manhã pelo Ministério do Interior turco, elevou para 38 o número de mortos. Mais de 160 pessoas ficaram feridas na dupla explosão na noite de sábado (10), nas proximidades do estádio do clube de futebol turco Besiktas. Autoridades suspeitam que o Partido dos Trabalhadores do Curdistão PKK tenham organizado o ataque. As informações são da Rádio França Internacional.

As explosões visaram as forças policiais, que são maioria entre as vítimas. De acordo com balanço publicado esta manhã, entre os 38 mortos, 30 eram policiais e sete civis. A identidade da última vítima ainda não foi confirmada.

O primeiro carro-bomba atingiu um ônibus da polícia nos arredores do estádio da equipe de futebol do Besiktas, depois do fim da partida contra o Bursaspor. A segunda explosão, provocada por um homem-bomba, aconteceu menos de um minuto depois em um parque dessa região turística de Istambul, localizada entre a emblemática Praça Taksim e o antigo palácio imperial de Dolmabahçe.

“As explosões tinham como objetivo causar o maior número possível de vítimas”, afirmou o presidente Recep Erdogan, em um comunicado. O presidente turco cancelou neste domingo uma viagem que faria ao Cazaquistão.

O duplo atentado ainda não foi reivindicado. A Turquia foi alvo de vários ataques nos últimos anos, revindicados pelo grupo Estado Islâmico ou pelos rebeldes separatistas curdos do PKK. As autoridades turcas afirmam que os primeiros elementos da investigação indicam o PKK como responsável pela dupla explosão deste sábado. Os ataques contra forças policiais são uma marca dos separatistas curdos.

“Que ninguém duvide que conseguiremos vencer essas organizações terroristas e os que estão por trás delas”, garantiu Recep Erdogan.

No Twitter, a embaixada dos Estados Unidos em Ancara condenou um “ataque covarde” e garantiu que estava “ao lado do povo turco contra o terrorismo”. Já o presidente do Parlamento europeu, Martin Schulz, expressou sua “solidariedade com os cidadãos turcos, com as famílias das vítimas do ataque de Istambul.”

A Turquia, que integra a coalizão internacional que combate o grupo Estado Islâmico, iniciou em agosto uma ofensiva no norte da Síria, que faz fronteira com o país, para pressionar os jihadistas em direção ao sul. As forças curdas também estão envolvidas no conflito sírio.

Com informações da Agência Brasil

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Samuel Straiotto

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