Quatro anos depois da fatídica final e o vice-campeonato da Copa Sul-Americana de 2010, em Avellaneda, o Goiás volta a fazer um roteiro internacional. Dessa vez foi ao Equador, em Guayaquil, onde vai enfrentar o Emelec pela mesma competição continental. Até aí nenhuma novidade, as questões de logística, essas sim, merecem algumas considerações.
A Conmebol e a Confederação Brasileira de Futebol deram uma ajudinha para complicar ainda mais a já difícil missão esmeraldina de passar nove dias fora de casa, para três partidas consecutivas longe de Goiânia.
Quando deixou a capital goiana, na quarta-feira da última semana, o Goiás sequer sabia para onde iria seguir na segunda, para Montevidéu ou Guayaquil. Somente na sexta-feira, há cinco dias da partida, soube que seguiria para o Equador, e começou a corrida contra o tempo para compra de passagens, reservas de hotel e organização de toda a logística, algo veementemente criticado pela direção esmeraldina, que teve que arcar com custos mais altos, além da dificuldade de conseguir, por exemplo, um voo internacional para cerca de 30 pessoas em um prazo tão curto.
Pode-se questionar que é um torneio continental, com poucas datas e por isso todos estes trâmites necessitam ser feitos de maneira atropelada. Mas o que dizer então da CBF, que, mediante uma solicitação do Goiás, se negou a alterar a data da partida contra o Figueirense, assim, o time esmeraldino deverá chegar a Goiânia na sexta-feira por volta do meio dia e entrará em campo no sábado, às 21h, ou seja, depois de nove dias longe de casa, os atletas deverão chegar a Goiânia, treinar e novamente se concentrar para atuar pouco mais de um dia após regressar de uma verdadeira maratona, com uma viagem de 18 horas.
Além das limitações orçamentárias e técnicas do elenco, o Goiás ainda terá de enfrentar a má vontade dos órgãos que dirigem o futebol para não repetir o filme de 2010, quando chegou a final da Sul-Americana, mas acabou rebaixado no Brasileirão.