Apesar do discurso do governo de que não é possível pagar data-base aos servidores em 2022, a Associação dos Subtenentes e Sargentos (Assego), que representa militares em Goiás, diz que há caixa e também previsão legal para a concessão do benefício.

Segundo o presidente Luiz Cláudio de Jesus, o entendimento é de que “há viabilidade jurídica e econômica para implementação da data-base da categoria imediatamente.”

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A Assego diz que a legislação permite ao Estado o reajuste, mesmo com o processo de entrada no Regime de Recuperação Fiscal (RRF). “A data-base pode ser efetuada no limite prudencial da folha de pagamento. É uma imposição constitucional da revisão geral anual de concessão da data-base, que já se arrasta desde 2015”, reforça.

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Luiz Cláudio pontua que é necessário um olhar político para o tema, deixando de lado a visão dos técnicos. “Os técnicos querem contingenciar os recursos para investir em outras áreas. Nós, servidores públicos e militares, somos o sustentáculo de qualquer governo.”

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Servidores protestam por data-base

Mais de 40 categorias de servidores públicos protestam desde o início da manhã na porta da Assembleia Legislativa e também no Palácio das Esmeraldas. Segundo a Assego, será formada uma assembleia unificada para decidir as próximas ações. “Estamos nos mobilizando hoje. A partir de hoje iniciamos um processo de mobilização em busca de recuperação salarial.”

Há outras mobilizações previstas para os próximos dias. O grupo conseguiu se reunir com o governador Ronaldo Caiado. De acordo com Luiz Cláudio, houve sensibilidade do governador. Porém, as entidades querem negociar a data-base já para 2022.

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“Entendemos que quando se adia para 2022 uma discussão dessa natureza, onde não existe previsão na LOA, será mais difícil de se conquistar. Será um ano político. A LOA pode ser alterada prevendo, para 2022, a implementação dessa reposição anual.”

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