Na manhã desta quinta-feira (27/06) a Polícia Federal prendeu dois ex-assessores e um assessor especial em atividade do ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antônio, em virtude das investigações sobre as candidaturas laranjas do PSL nas eleições em 2018. As informações são da Folha de São Paulo.
Os mandatos de prisão temporária e de busca e apreensão foram autorizados pela Justiça Federal, após o caso ser reportado pela Folha, em fevereiro. Computadores e celulares foram apreendidas.
Mateus Von Rondon está no epicentro do caso. Segundo a publicação, ele é o elo formal entre Marcelo Álvaro e o esquema. Rondon era dono de uma empresa de marketing que abriu em 2013 e fechou apenas no inicio deste ano e tinha como único cliente o atual ministro que apresentou uma série de notas fiscais de Mateus à câmara para justificar os gastos da cota parlamentar.
A empresa de Von Rondon aparece na prestação eleitoral de contas de quatro candidatas a deputada estadual e federal usadas como laranjas pelo partido de Bolsonaro em Minas, que era comandado por Marcelo Álvaro Antônio. O atual ministro era candidato a reeleição para deputado.
A situação do ministro torna-se delicada no momento. Quando o escândalo estourou, Bolsonaro avisou que apesar da situação causar certo desgaste no governo ele esperaria a conclusão da PF para tomar uma decisão sobre o futuro de Marcelo. Com as prisões a situação do ministro pode mudar. Em viagem ao Japão, o presidente ainda não se manifestou sobre o assunto.
Seu vice, Hamilton Mourão no entanto, afirmou ao O Globo que o ministro deve cair. Entretanto, uma decisão e o anúncio oficial por parte do presidente, segundo Mourão, deve sair só depois que Bolsonaro retornar do pais asiático.
“É obvio que se houver alguma culpabilidade nesse processo, o presidente não vai ter nenhuma dúvida em substituí-lo. Vamos aguardar o retorno dele do Japão”, declarou Mourão.
Marcelo sabe o que é ser exonerado. Em fevereiro, ele ficou fora do ministério por um dia para tomar posse como deputado federal. Resta saber se quando Bolsonaro voltar do Japão continuará com a benção do presidente.