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Assessor de caso Geddel é reeleito em conselho do Ministério Público

Por 8 anos atrás

Subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil que atuou no caso que culminou com a saída de Geddel Vieira Lima do governo, o advogado Gustavo do Vale Rocha foi reconduzido ao CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público), onde ocupa cargo de conselheiro desde 2015.

Rocha já defendeu na Justiça o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), hoje preso em Curitiba por causa da Lava Jato, e foi apoiado pelo ex-parlamentar para o Conselho.

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O advogado também já atuou em favor de Geddel Vieira Lima na Justiça Eleitoral, em diversas representações, até 2014. Ele atuava pelo PMDB da Bahia e também pelo candidato.

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Mais recentemente, transcrições de áudios gravados pelo ex-ministro da Cultura Marcelo Calero confirmam a atuação do principal assessor jurídico da Presidência no caso do empreendimento imobiliário em Salvador (BA) que derrubou Geddel da Secretaria de Governo.

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Nas conversas, Rocha, que é subordinado ao ministro Eliseu Padilha (Casa Civil), afirmava que iria “dar entrada” com “pedido protocolar”, se referindo a recurso no Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), que havia embargado a obra na Bahia, de interesse de Geddel.

Rocha vinha sendo alvo de críticas nos bastidores do Judiciário por acumular o cargo da assessoria jurídica do governo federal com o cargo no CNMP, órgão de controle externo do Ministério Público.

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Candidato único, foi eleito por 225 votos. Houve 119 votos brancos.

CNJ

Já para vaga de integrante do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) foi eleita por 141 votos a ex-procuradora-geral de Justiça do Paraná, Maria Tereza Uille.

O CNJ é o órgão responsável por fiscalizar a atuação de juízes de todo o país.

Tida como indicação do ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), entrou na disputa na reta final e já era tida como favorita.

A candidata indicada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), a advogada Ana Luísa Marcondes retirou a candidatura, assim como Felipe Cascaes, adjunto de Gustavo do Vale Rocha na Casa Civil.

Também concorreu o assessor técnico da Câmara Lucas de Castro Rivas (55 votos), que ajudou na defesa de Eduardo Cunha durante o processo de cassação na Câmara.

Os outros concorrentes para o CNJ são Maurício Vasconcelos (67 votos), José Augusto Torres (três votos), Anderson Alves Garcia (quatro votos) e Alex Machado Campos (59 votos).

Folhapress

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