O governador Marconi Perillo mediou hoje, no Palácio das Esmeraldas, reunião entre o presidente da Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura (SGPA), Tasso José Jayme, e o deputado estadual Santana Gomes (PSL), com o objeto de retirar da pauta da Assembleia Legislativa o projeto de lei nº 1121/17, de autoria do deputado, que previa a implantação do sistema de rastreabilidade animal online no Estado de Goiás.
A matéria havia gerado apreensão entre os pecuaristas goianos, entre outros aspectos, pelo aumento no custo de produção. Marconi, que havia sido procurado pelo presidente da SGPA para tentar convencer os deputados da base a repensarem sobre a necessidade da rastreabilidade, promoveu o encontro, motivado pelas dificuldades enfrentadas pelos produtores rurais este ano. “Tivemos a Operação Carne Fraca, JBS e outros problemas e intercorrências que prejudicaram demais o produtor rural, especialmente na área da pecuária”, ressaltou o governador.
Após ouvir as ponderações do presidente da SGPA, Santana Gomes decidiu retirar a matéria da tramitação na Alego. “Foi um projeto feito a quatro mãos. Não tivemos uma grande discussão com os produtores. Quando o Tasso deu as explicações, nós entendemos que deveríamos retirar. Pelo momento que o país está passando, que o produtor está passando”, que é de muita dificuldade, alegou o parlamentar.
Tasso Jayme deixou a reunião satisfeito e declarou em tom de alívio: “Graças à sensibilidade do governador e do deputado Santana, esse problema estará resolvido e trouxe muita tranquilidade para nosso setor”, frisou. “Em nome da SGPA, agradecemos esse entendimento. É um ano que o produtor rural pecuarista sofreu muito com todas essas crises. O Funrural, a Operação Carne Fraca, a delação do Frigorífico JBS, a restrição do mercado norte-americano pela nossa carne, enfim. Foram vários fatores que jogaram nosso negócio para baixo e isso gerou um temor do produtor rural”, declarou o líder classista, ao justificar a preocupação com o projeto.
Matéria moveu discussões – O projeto de lei nº 1121/17 foi alvo de debates na sessão ordinária da última quinta-feira, 31, na Alego, um dia após a aprovação, em primeira votação.
A propositura pedia a criação da chamada ‘rastreabilidade online’ com objetivo de garantir o registro e o acompanhamento de informações referentes às fases que compõem a cadeia produtiva das carnes de gado bovino e bubalino, permitindo seguir um animal ou grupo de animais durante todos os estágios da sua vida, bem como seguir um produto por todas as fases de produção, transporte, processamento e distribuição da cadeia produtiva de carnes desses animais.