Gabriel Jesus nunca tinha sido substituído no Manchester City tão cedo -em jogo sem lesão ou cartão vermelho no time- quanto na vitória de terça-feira (26) sobre o Shakhtar Donetsk, por 2 a 0, pela segunda rodada do Grupo F da Liga dos Campeões. Aos oito minutos da segunda etapa, Josep Guardiola lançou mão de Raheem Sterling, autor do segundo gol, na vaga do brasileiro, que deixou o campo nitidamente cabisbaixo.
Diante dos ucranianos, o atacante atuou aberto pela direita, enquanto o alemão Leroy Sané fez o lado oposto, e Sergio Agüero, ídolo máximo da era moderna do City, ocupou a posição de referência no ataque.
“Há dois anos eu jogava de ponta [no Palmeiras], há um ano, de centroavante. Agora comecei a jogar de ponta de novo, então não é fácil. Às vezes você se embaralha. Fiz uma boa partida, venho jogando de ponta, às vezes de centroavante, quando o técnico me coloca ali”, explicou o camisa 9 da seleção brasileira.
Antes da partida diante dos ucranianos, o camisa 33 vinha se posicionando mais próximo à área em uma dupla com Agüero que era, até o jogo desta terça, pesadelo para os adversários. No total, já contanto o jogo pela Champions, eles foram titulares em seis das nove apresentações da temporada, e participaram diretamente de 15 dos 29 gols do time: cinco gols de Gabriel e sete do argentino, que é o artilheiro do elenco e ainda acumula três assistências.
Diante do Shakhtar, Sterling ultrapassou o brasileiro e assumiu a vice-liderança entre os goleadores, com seis bolas na rede. “É meio complicado. Treino às vezes de ponta, mas a maioria das vezes de centroavante. Não tenho nada a reclamar e sempre vou aceitar a decisão do treinador, assim como vou correr e me doar pela equipe. Sempre fui assim e continuarei do mesmo jeito. Se ele optou por mim para jogar como ponta, fiquei muito feliz”.
Gabriel Jesus surgiu entre os profissionais do Palmeiras em 2015 atuando mais aberto pela beirada do campo, com Oswaldo de Oliveira. No primeiro ano entre os profissionais, marcou sete gols. Na temporada seguinte, Cuca o deslocou para a posição central do ataque, e ele terminou o ano com o triplo de gols (21) na campanha em que terminou com título do Campeonato Brasileiro e prêmio de craque da competição.
“Esses dias, eu fiz gols e falei que não estava jogando tão bem. Contra o Shakhtar, errei alguns passes, é normal, mas consegui fazer aquilo que o treinador pediu. Participei do jogo e ajudei na marcação”, finalizou.