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| Em 2 anos atrás

Artista goiano é finalista em concurso para nova bandeira do Museu de Arte do Rio; ajude votando

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Após uma edital de chamada aberta para a definição da nova bandeira do Museu de Arte do Rio (MAR), do Rio de Janeiro, o artista goiano Hal Wildson, de 31 anos, foi selecionado como um dos cinco concorrentes. A instituição, que comemora os 10 anos em 2023, agora pede para o público decidir qual a arte vai estampar o topo do prédio com sua obra, votando pelo site. Cada pessoa pode votar uma vez com seu CPF e a votação vai até o dia 31 de março.

Hal Wildson, que concorre com a ‘Re-Utopya: Teko Porã e Ubuntu’, é o único artista do Centro-Oeste na disputa e conta o que significa sua obra. “Esse trabalho buscar a construção de um futuro baseado na força da memória, a reconstrução e construção de um país que reconheça e que nunca se esqueça sua história. Duas filosofias que fundam essa utopia possível no agora, duas matrizes fundamentais. Re-utopya é um poema em forma de Bandeira, é reflorestar, reconstruir, reinventar, refundar, reimaginar esse lugar chamado Brasil”, diz o artista, completando que “só quem pode fazer isso somos nós e que isso é urgente”.

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Hal Wildson durante período de residência no Instituto Inclusartiz no Rio de Janeiro. (Foto: divulgação)

Hal Wildson é um artista multimídia e poeta de origem mestiça, nascido em 1991 no vale do Araguaia, região fronteiriça de Goiás com Mato Grosso, lugar determinante para entender a essência e as motivações de seu trabalho. Sua pesquisa emerge de sua vivência no sertão do centro-oeste dialogando com questões sociopolíticas que sustentam esse Brasil profundo (ainda desconhecido para muitos de nós). Nascido em uma estrutura familiar moldada pela violência e o abandono, a história e o trabalho do artista se misturam denunciando temas de um Brasil “esquecido” fruto do coronelismo e do garimpo às margens do Rio Araguaia.

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A história dos outros concorrentes pode ser acompanhada no Instagram do museu: @museudeartedorio. Vale lembrar que a bandeira atual foi criada por Rosana Paulino, um dos principais nomes da arte brasileira contemporânea, que traz o conceito de “Pretuguês” da filósofa Lélia Gonzalez, que propõe reflexões sobre o lugar de fala da mulher negra e ancestralidade afro-brasileira: a imagem de perfil de uma mulher negra cuspindo espadas de São Jorge.

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O ou a artista vencedora vai ser exposta no mastro instalado na cúpula do prédio histórico do Pavilhão de Exposições, o pavilhão Dom João VI, além de um prêmio em dinheiro.

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Carlos Nathan Sampaio

Jornalista formado pela Universidade Federal e Mato Grosso (UFMT) em 2013, especialista Estratégias de Mídias Digitais pelo Instituto de Pós-Graduação e Graduação de Goiânia - IPOG, pós-graduado em Comunicação Empresarial pelo Senac e especialista em SEO.