O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, desafiou o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, a disputar com ele prévias para decidir quem será o candidato do PSDB à Presidência da República.
“Terei a honra para enfrentar e derrotar Geraldo Alckmin na disputa pela Presidência da República”, disse Virgílio na convenção nacional do partido, neste sábado (9).
Durante o evento, o paulista foi eleito o novo presidente da sigla.
Ao discursar após sua eleição para a direção da legenda, Alckmin falou ver “legitimidade” na decisão de Virgílio.
Quando o prefeito de Manaus revelou sua intenção, a militância do partido começou a vaiá-lo. Ele reagiu com ironia, citando o pré-candidato de direita à Presidência, Jair Bolsonaro, a quem se referiu como “fascista é homofóbico”.
“Muito bem. Vaiem à vontade. Mas acho de mau gosto vaiar a mim. Vaiem o Bolsonaro. E me aplaudam se eu derrotar o Geraldo Alckmin na convenção do partido.”
Arthur Virgílio disse também ter levado sua claque ao evento e defendeu “prévia geral, ampla, irrestrita e dura”.
O prefeito de Manaus defendeu fechamento de questão em relação à reforma da Previdência e fez críticas ao PT. Disse que o ex-presidente Lula “organizou a corrupção” e “quase fundou o sindicato dos corruptos”.
“Não vejo que essa mediocridade binária entre Lula e Bolsonaro vá dar certo”, afirmou.
O prefeito também criticou o próprio partido ao dizer que “o PSDB é um partido mais desacreditado que os outros”.
Sobre as eleições do ano que vem, rejeitou aliança com o partido do presidente Michel Temer e com ao menos uma legenda da base aliada. “Não aceito o apoio do PMDB e do PP”, afirmou.
Um tucano que estava próximo à reportagem no momento do discurso comentou que, com essa fala, o pré-candidato já criava problema com ao menos um Estado, o Rio Grande do Sul, onde os partidos são aliados. (Folhapress)