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Categorias: Goiânia
| Em 7 anos atrás

Arte para protesto

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Um grupo de artistas goianos promovem uma manifestação no Centro de Goiânia neste domingo (24) contra ações ocorridas nas últimas semanas em desfavor da comunidade LGBTI, que resultaram também em censura da arte.

Ao Diário de Goiás, o catalisador desse movimento, o artista visual Mateus Dutra, informou que os artistas devem se posicionar enquanto cidadãos políticos e manifestar contra reações de alguns setores da sociedade levantadas recentemente, como a decisão da Justiça Federal do Distrito Federal de permitir que psicólogos possam tratar gays e lésbicas como doentes e fazer terapias de “reversão sexual” sem sofrer censura ou necessidade de autorização prévia do Conselho Federal de Psicologia (CFP).

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“Vendo essas notícias e pensei em fazer algo, porque é uma época de cada pessoa assumir sua responsabilidade como cidadão, tem que ter um grau de militância, seja ele qual for. Eu pensei em uma associação dos posts na internet com os lambe-lambes, fazendo posts na rua. Várias pessoas aderiram [ao movimento]. Vamos usar a arte urbana e outras linguagens artísticas para poder questionar essas coisas. É um momento muito complicado para a classe artística e mercado de cultura e arte. Os produtores, os prestadores de serviço, tem toda uma cadeia de profissionais que depende das políticas culturais e de uma postura responsável dos gestores nesses assuntos. Então, o momento é muito complicado porque além da falta de recursos, da ingerência dos gestores, ainda tem a coisa pseudomoral que está contaminando, como o caso do fechamento da exposição no Santander”, explicou Mateus Dutra.

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A concentração está programada para ocorrer a partir das 15h no Coreto da Praça Cívica, no Centro. “Os artistas levam sua produção, porque tem gente que não é artista, não tem uma produção artística, mas vai registrar, com vídeo, etc. Os artistas levam sua produção, os lambes, seus stickers, que são adesivos em papel que as pessoas colam em placas e pequenos suportes, e a gente vai colar lá”, ressaltou.

O artista também comentou que haverá todo um cuidado com a questão de onde deixar a arte pelo Centro de Goiânia. “Também temos que ver como será a apropriação dos espaços também, para a gente não atropelar ninguém e não gerar nenhum tipo de irresponsabilidade em relação à apropriação dos espaços. Pode ser inclusive um momento de debate, quem sabe será a primeira de uma série de ações que podem eclodir dessa”, disse.

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