Foi arquivado pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado Hélio de Sousa (PSDB), o pedido de impeachment contra o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), apresentado pelo deputado Major Araújo (PRP). A rejeição do acolhimento já havia sido antecipada pelo Diário de Goiás.
O anúncio foi feito pelo presidente durante a sessão ordinária desta segunda-feira (30). Hélio de Sousa buscou informações junto a Procuradoria da Assembleia Legislativa. O entendimento dele é que os três supostos crimes de responsabilidade apontados pelo denunciante tratam-se de meras suposições, sem embasamento material. O presidente argumentou ainda que as denúncias versam sobre supostos episódios que ocorreram em outros mandatos, e não no atual, e que por isso não podem ser considerados.
Pelo regimento, cabe ao presidente da Assembleia Legislativa, aceitar ou rejeitar pedido de impedimento contra os representantes do Poder Executivo. O processo não foi submetido ao plenário. Mesmo se fosse, dificilmente o pedido seria acatado, pois a base governista tem maioria.
Ao ouvir a decisão de Hélio de Sousa, Major Araújo anunciou que vai recorrer, apesar de respeitar o posicionamento do presidente da Casa. No processo legislativo nº 1551/16, o parlamentar acusou Marconi Perillo de ter praticado crime de responsabilidade em três ocasiões. A primeira ao inserir campanhas publicitárias na propaganda oficial do Governo de Goiás para alavancar a candidatura de um determinado candidato ao cargo de prefeito de Goiânia nas eleições de 2004.
O segundo suposto crime de responsabilidade teria sido exposto por interceptação telefônica feita pela Polícia Federal em 2012, durante a Operação Monte Carlo, que explicitaria uma relação de amizade e lealdade entre Marconi Perillo e o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Edson José Ferrari, o que comprometeria o livre exercício do órgão e de sua Procuradoria-Geral.
O terceiro suposto crime de responsabilidade, apontado por Major Araújo, faz referência a uma alavancagem financeira praticada pelo Governador do Estado, no exercício de 2014, na ordem de R$ 1,4 bilhão, que teria deixado a descoberto a conta centralizadora do Estado.
Com informações da Assembleia Legislativa de Goiás
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