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Categorias: Política
| Em 10 anos atrás

Armando Vergílio pode ser vice de Iris

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Em entrevista concedida aos jornalistas Altair Tavares e Samuel Straioto, para a Rádio Vinha FM, o deputado federal e presidente do Partido Solidariedade (SDD) e possível candidato a vice-governador do Estado na chapa de Iris Rezende, Armando Vergílio, fala sobre alianças políticas e do seu desligamento do atual governo.  

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Altair Tavares: O objetivo dessa entrevista é saber dentro do ambiente das negociações e a disputa eleitoral para o governo de Goiás, deputados estaduais e federais, o senado, qual é a posição do Partido Solidariedade?

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Armando Vergílio: Bem, nós estamos dialogando com diversas forças políticas que nesse momento se colocam como opção para as eleições de 2014. Nós tínhamos assim que o partido foi fundado, em setembro/outubro do ano passado, um planejamento e uma determinação para que o partido tivesse candidatura própria ao governo do Estado. Mas o partido é muito novo, apesar de ter nascido forte. Temos 100 vereadores em todo o Estado, 2 deputados estaduais, 1 deputado federal. Nós não conseguimos a aliança necessária para uma  musculatura adequada de uma disputa tão forte e tão séria. Dessa forma, eu, juntamente com a direção do partido aqui em Goiás, decidimos colocar o partido numa posição de apoiar uma das candidaturas, mas colocamos algumas condicionantes para isso. A primeira delas é a de que o partido que vier a receber o apoio do Solidariedade se dispusesse a acatar boa parte das nossas propostas, ou seja, nós temos algumas propostas que foram construídas ao longo desses últimos meses, que acreditamos serem para a continuidade do desenvolvimento do nosso Estado, para melhoria da vida das pessoas tanto na área da educação, da saúde, segurança pública, mobilidade urbana, mas principalmente na geração de emprego e renda, diminuição de impostos, aumento do setor produtivo. Com isso, passa também por questões como a infraestrutura do Estado, situação energética e por ai a fora. Nesse aspecto, esse diálogo está afunilando. Acredito que nós devemos decidir nos próximos dias qual é o caminho que o Solidariedade vai buscar nessas eleições de 2014.  

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Os senhores já reuniram-se com Iris Rezende de um lado e com Marconi Perillo, do outro?

R: Nós não nos reunimos com o governador. Houve um convite para que nós pudéssemos conversar e essa conversa não foi feita. Por outro lado, tivemos sim algumas reuniões com Iris Rezende depois que ele definiu a sua pré-candidatura há poucos dias atrás, e temos percebido um grande interesse dele em afinar esse diálogo, ele tem demonstrado bastante solicitude com os nossos pleitos e propostas, no sentido de aproveitá-las e até abrir para que nós possamos integrar a equipe que vai construir o seu projeto. Isso é algo que nós entendemos ser muito importante para o Solidariedade.  

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Procede que Iris Rezende ofereceu a vice para o Solidariedade?

R: Nós chegamos a conversar sobre isso, mas esse não é o ponto principal. Queremos conhecer as propostas, e que as nossas propostas sejam analisadas e debatidas, no sentido de serem incluídas no programa, e isso está sendo feito não só em relação ao pré-candidato Iris Rezende, mas também temos tratado com o  Vanderlan Cardoso e com o Antônio Gomide. Felizmente, principalmente no quadro das oposições, existem nomes bastante representativos e que tem grande experiência. O próprio ex-governador Iris Rezende que já foi ministro da Justiça, da Agricultura, foi senador da república, foi prefeito da capital e governou o Estado por duas vezes. Vanderlan Cardoso foi prefeito duas vezes de uma grande cidade, Senador Canedo. O ex-prefeito Antônio Gomide esteve a frente de Anápolis, uma das maiores cidades do Estado, e foi reeleito com uma margem expressiva de votos já no primeiro turno, nas eleições de 2012. Então são pessoas que têm mostrado capacidade, competência, e o eleitor goiano vai poder fazer uma boa escolha de quem vai dirigir os destinos do Estado nos próximos 4 anos.  

O Solidariedade tem uma aliança recente com Marconi Perillo, o senhor esteve com ele nas eleições de 2010. Por que o Solidariedade não está efetivamente nessa aliança com o governador?

R: Há mais de um ano atrás, eu deixei de apoiar o governo do Estado e me desliguei dessa base por discordar de alguns membros da equipe do governo, que no meu entendimento estavam empreendendo ações de interesse apenas pessoal. Tentei alertar o governador algumas vezes do que estava acontecendo e não obtendo êxito, eu optei por me desligar e sair do governo. Eu tinha um aliado que era secretário de estado e todos do meu grupo se desligaram dos cargos. Quando o Solidariedade foi criado no final do ano passado, nós já estávamos numa posição de independência. O partido nasceu com essa intenção de trazer uma proposta nova e defendemos, inclusive, a alternância de poder que é salutar para que as coisas possam continuar caminhando.  

Essa posição do Solidariedade, para qual lado irá, será adotada quando?

R: Não existe uma fixação de prazo. Mas pode ser nas próximas horas.

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