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Argentino percorre 3 mil quilômetros de bicicleta para ver seleção jogar

O argentino Lucas Ledezma tinha uma bicicleta e um sonho: fazer parte da Copa do Mundo. O meio de transporte ele havia comprado há três meses. A realização da meta custou 20 dias e 3 mil quilômetros de uma jornada inesquecível até o Rio de Janeiro.

“Estou vivendo uma experiência única na minha vida. Eu esperava viver uma grande aventura e ter uma Copa do Mundo no currículo. Acho que conquistei os dois”, diz o professor de educação física de Córdoba, que realiza a sua primeira viagem de bicicleta. “Eu jogo futebol, corro, tenho certa preparação. Mas, de qualquer forma, é um grande desafio.”

Ledezma, de 26 anos, chegou a percorrer 140 quilômetros em um dia para completar o trajeto até o Rio de Janeiro a tempo de ver o primeiro jogo da Argentina no Mundial (vitória por 2 x 1 sobre a Bósnia e Herzegovina). Como não tinha ingresso, teve de comprar um por R$ 1000 em frente ao Estádio Maracanã. Não se arrepende, embora ache que o time precisa melhorar. “Não jogamos tão bem, mas valeu pela vitória.”

Diariamente, Ledezma ficava de seis a dez horas sobre sua bicicleta pedalando. Mas foi possível conhecer muitos pontos do Brasil e se surpreender com uma característica do povo que não conhecia: a solidariedade. “Nunca tinha vindo ao país e não achei que eram tão solidários. Onde quer que seja, todo mundo me ajudava, explicava que caminho eu tinha de tomar. Acho que isso seria muito difícil de acontecer na Argentina.”

Em São Borja, na fronteira do Brasil com a Argentina, Ledezma conta que chegou a comer um churrasco e ir a um boliche a convite de moradores locais. “Fiz um amigo a cada parada”, afirma.

Mas nem sempre foi fácil. Conta que saber cozinhar foi fundamental. No caminho, chegou a capturar patos, pombos e até ratos do banhado para se alimentar.

Em Curitiba, sob uma chuva intensa que se abateu ao sul do país dias antes da Copa do Mundo, aceitou uma carona de um caminhoneiro. Mas a ideia pareceu-lhe mais perigosa do que andar de bicicleta. “Vi oito caminhões tombados pelo caminho por causa da chuva. Estava muito complicado andar pela estrada naqueles dias.”

Agora, Ledezma, que conseguiu apoios de comerciantes locais e da Prefeitura de Toledo (cada um doou cerca de R$ 100), está em dúvida se segue para Belo Horizonte para o segundo jogo da Argentina na Copa do Mundo. “Queria pegar um pouco mais de praia. Foi um esforço tão grande que agora queria descansar um pouco mais.”

Ele prevê assistir a final em casa. Mas não descarta ficar. “Se a Argentina estiver na decisão, pode ser que eu resolva permanecer um pouco mais no Rio.”

Do Portal da Copa.

Wellington Borges

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