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Esportes
| Em 3 anos atrás

Argentina bate o Brasil, conquista a Copa América e acaba com jejum de títulos

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Por Raphael Ramos

Acabou! Acabou a Copa América que a seleção brasileira não queria disputar no País em meio à pandemia de covid-19. Acabou também o jejum de títulos da Argentina. Com a vitória por 1 a 0, neste sábado, no Maracanã, a seleção argentina voltou a ganhar um título depois de 28 anos e coroa Lionel Messi, o seu grande astro.

Desde a Copa América de 1993, quando bateu o México, a seleção argentina não levantava uma taça. Depois daquele triunfo no Equador, gerações de jogadores talentosos chegaram perto da glória, mas sempre fracassaram.

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A Argentina vivia até esse sábado o seu maior jejum de títulos da história. Nunca o país ficou tanto tempo sem conquistas. Entre as seleções campeãs do mundo, seu período sem taças só era menor do que o da Inglaterra, que não vence uma competição desde a Copa de 1966 e hoje decide a Eurocopa em casa com a Itália.

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O jogo deste sábado no Maracanã também encerra uma série de derrotas para o Brasil em partidas decisivas, como as Copas Américas de 1995, 1999, 2004, 2007 e 2019, além da Copa das Confederações de 2005.

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Já a seleção de Tite amarga uma derrota diante do seu maior rival em uma partida em que praticamente nada deu certo. A começar pelo lateral-esquerdo Renan Lodi, que saiu do jogo como vilão da derrota ao cometer um erro feio no lance que decidiu o título.

Como em um jogo de xadrez, as duas equipes começaram a partida cautelosas, estudando cada movimento do adversário. Até por isso, os primeiros 15 minutos foram pouco intensos, com exceção das faltas dos argentinos para segurar as investidas do Brasil.

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Neste cenário, qualquer vacilo poderia ser fatal. E foi. Aos 21 minutos, Renan Lodi falhou ao não conseguir interceptar o lançamento de De Paul para Di María. Com extrema qualidade e tranquilidade, o atacante argentino sobrou sozinho de frente para Ederson e só deu um “tapa” na bola para encobrir o goleiro. Um golaço.

Se nas demais partidas da Copa América a conexão entre Lucas Paquetá e Neymar funcionou bem e foi fundamental para que o Brasil chegasse à decisão, neste sábado a dupla teve muita dificuldade para encaixar as jogadas. O craque do Paris Saint-Germain era sempre vigiado de perto por dois marcadores mesmo quando estava sem a bola, enquanto Paquetá ficou preso entre as linhas de defesa da Argentina. Everton Cebolinha e Richarlison também pouco produziram ao longo de todo o primeiro tempo.

No intervalo, Tite sacou o volante Fred para a entrada do atacante Roberto Firmino. O Brasil ficou mais leve, passou a pressionar a saída de bola argentina e até chegou a balançar a rede aos sete minutos com Richarlison – o atacante, no entanto, estava impedido no momento em que recebeu o passe de Paquetá e a arbitragem anulou o gol.

Mesmo com mais posse de bola, o maior problema do Brasil estava na armação das jogadas. Faltava, por exemplo, lances em profundidade com os laterais para abrir espaços no meio. Neymar, por muitas vezes, exagerava na individualidade e facilitava o trabalho dos zagueiros argentinos.

Tite, então, resolveu partir com tudo para cima da Argentina. Colocou em campo Vinicius Junior e Gabigol e o Brasil passou a jogar com cinco atacantes. Somente Casemiro ficava na marcação à frente da defesa. Mas as alterações não surtiram o efeito desejado pelo treinador brasileiro.

Para segurar a vantagem, a Argentina deixou o jogo truncado, tenso. Os jogadores valorizavam cada falta ou bola para fora para ganhar tempo. Deu certo. O jogo se arrastou assim até o apito final e a Argentina, enfim, acabou com o seu mais longo jejum de títulos.

FICHA TÉCNICA

BRASIL 0 X 1 ARGENTINA

BRASIL – Ederson; Danilo, Marquinhos, T. Silva e Renan Lodi (Emerson); Casemiro, Fred (Firmino) e L. Paquetá (Gabigol); Everton (Vinicius Jr.), Neymar e Richarlison. Técnico: Tite.

ARGENTINA – E. Martínez; Montiel, Romero (Pezzella), Otamendi e Acuña; Paredes (G. Rodríguez), Lo Celso (Tagliafico), Di María (Palacios), De Paul e Messi; Lautaro Martínez (N. González). Técnico: L. Scaloni.

GOL – Di María, aos 21 minutos do primeiro tempo.

ÁRBITRO – Esteban Ostojich (URU).

CARTÕES AMARELOS – Fred, Paredes, Lo Celso, De Paul, Renan Lodi, L. Paquetá, Otamendi, Marquinhos e Montiel.

LOCAL – Maracanã.

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