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Categorias: Esportes
| Em 7 anos atrás

Arena Corinthians explica “elitização” e aposta em pesquisa por melhorias

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Na última terça-feira, a Arena Corinthians divulgou pesquisa feita em parceria com a Armatore, Market + Science em que o perfil do torcedor que frequenta o estádio é dissecado. E uma das características apresentadas chamou bastante atenção: 38% dos frequentadores da arena tem renda mensal de R$ R$ 8.800 até mais de R$ 17.600.

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Os números indicam uma mudança no perfil da torcida do “Clube do Povo”.

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A assessoria do estádio reconhece que a repercussão dos dados trouxe uma imagem de elite para os corintianos, mas tem argumentos para explicar e, de certa forma, tentar desconstruir esse fenômeno indicado na pesquisa. As perguntas sobre renda mensal, por exemplo, não eram individuais, mas sim para uma média familiar, com mais de um integrante inserido no mercado de trabalho. Outro fator está no método utilizado para formular a pesquisa quantitativa. Foram consultadas 12 mil pessoas, mas somente via internet. Ao todo, 71,9% dos participantes são membros do programa Fiel Torcedor. O restante é composto por torcedores comuns.

Segundo a Armatore, o critério levado em consideração para apontar as classes sociais que frequentam a Arena foi o Critério de Classificação Econômica Brasil (CCEB) e, esse sim, deve servir de parâmetro para definir o perfil dos corintianos que vão à Itaquera. Essa avaliação não mensura a classe social somente a partir da renda, mas sim por nível de conforto, escolaridade e serviços públicos. Com esses dados e a renda familiar declarada pelos torcedores, a distribuição de classes do público no estádio corintiano tem:

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– 54,9% pertencente às classes C, D e E
– 23,8% pertencente à classe B
– 12% pertencente à classe A
– 9,4% não responderam

Pesquisas do tipo têm sido encomendadas pela Arena Corinthians semestralmente e ajudam na definição de preços de bilhetes e produtos vendidos no estádio, além de ações de marketing realizadas no local. “A precificação dos ingressos e definição de pacotes para os jogos da temporada têm base nos dados colhidos nos últimos anos. Um exemplo disso é a taxa de ocupação do setor Oeste Superior nesta temporada, próxima de 100% depois que readequamos os preços a partir do que ouvimos dos torcedores”, disse Cesar Sbrighi, gerente de marketing da arena.

Foi também a partir desse diálogo com a torcida, promovido pelas pesquisas, que ações de marketing ganharam mais espaço e a cara dos corintianos. O chamado

“Esquenta da Fiel” é um dos casos exemplares, na visão de Cesar Sbrighi: “Percebemos que os torcedores queriam alguma ação pré-jogo. Implementamos o evento e fomos aprimorando. Em pesquisas realizadas sobre o Esquenta, verificamos que mais de 80% dos torcedores gostavam de samba, então procuramos oferecer atrações neste estilo. O copo e o balde de pipoca personalizados são produtos que surgiram e foram aprimorados com a pesquisa também, assim como a oferta de alimentação”.

A base de dados ajuda ainda os patrocinadores do Corinthians na divulgação de suas marcas e produtos, já que fica mais fácil de definir o público-alvo, inclusive identificando os setores da arena e seus perfis de torcedor mais presentes. “Conhecer o público por meio de pesquisa é essencial para elaboração dos projetos comerciais. Quando conversamos com as empresas já pensamos nessa sinergia entre torcedor e produto. Desta forma, os projetos são muito mais certeiros. Conseguimos até segmentar por setor do estádio e saber qual perfil demográfico trará maior retorno para a campanha publicitária. A efetividade da ação é certa, inclusive evitando desperdício de verba”, concluiu Sbrighi.

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