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A proposta que aumenta em 21% a contribuição de agregados junto ao Ipasgo e que já vinha sendo prenunciada foi aprovada após o Conselho Administrativo do Instituto se reunirem na tarde desta terça-feira (11/06). O reajuste já vigora a partir de julho e atingirá os dependentes dos titulares, isto é, pai, mãe e filhos e para quem paga a cota mínima (piso) ou máxima (teto).
O reajuste já era cantado por Silvio Fernandes, presidente do Ipasgo. Na última segunda-feira (10/06), em entrevista à Rádio Bons Ventos ele já havia exposto que o órgão acumulou um déficit de quase 130% em três anos e por isso era necessário uma adequação e um novo ajuste. “Agora, é um período de adequação, de estudo e de muito trabalho. Buscar a correção desse déficit, porque ele aumentou em quase 130% nesses três anos e no ponto de vista operacional em qualquer empresa isso é um sinal mais do que vermelho”, explicou.
Ele também ressaltou que o reajuste que está sendo feito é obrigatório por lei. “Uma vez por ano é feito um estudo que é para o Instituto fazer a correção dessa tabela, lembrando que a correção vai incidir sobre aqueles que fazem a contribuição, por faixa etária. Sobre aquele que tem percentual de salário e o de dependentes também se propõe uma correção, só que essa correção só incide sobre o piso e o teto. O servidor que está no meio, que é a grande maioria ele não incide ao aumento de contribuição, porque para ter aumento de contribuição é somente quando eu tenho aumento de salário”, elucidou.
Alguns servidores criticaram a forma como o reajuste foi feito. Flaviana Alves, presidente do SindiSaúde em Goiás mencionou a falta de transparência nos números apresentados pelo Ipasgo. Ela considera o que foi apresentado frágil para demandar a necessidade do reajuste: “Nós, representantes dos servidores consideramos os dados bastante frágeis e tivemos um tempo muito curto para analisar os números. Agora vamos buscar medidas para tentarmos reverter essa decisão”, adiantou.
Mais cedo ainda nesta terça-feira, Bia de Lima insinuou que o governo está transferindo aos servidores o pagamento de uma conta que não foram eles que provocaram: “Nós estamos querendo dizer que nessa história o governo de Goiás deve R$ 310 milhões para o IPASGO e ao invés de cobrar de quem deve, o presidente está sugerindo cobrar de quem paga rigorosamente em dia que são os servidores, porque é sempre mais cômodo transferir a conta para o servidor pagar”, disse a presidente do Sintego em entrevista ao Diário de Goiás.
Votaram a favor do reajuste: Pedro Henrique Sales, secretário estadual de Administração; Jardel Mota Marinho, gerente de Logística do Ipasgo; Katia Ribeiro Aguiar, servidora do IPASGO; Haroldo Campelo Feres Queiroz, diretor administrativo do Ipasgo e Salomão Rodrigues Filho, membro da Associação Médica. Já contra o reajuste estão Uilia Alves Braga, da União dos Militares de Goiás; Eduardo Aires Berbert Galvão, do Sindigestor; Flaviana Alves Barbosa, do Sindisaude e Jeovano Bartolotte Xavier, do Sindiagri.
O Diário de Goiás solicitou entrevista com o presidente do Ipasgo, Silvio Fernandes, para explicar o reajuste, mas até o fechamento da matéria não havia a disponibilidade.