William Waack foi entrevistado por Fábio Porchat, no “Programa do Porchat”, na Record, nesta segunda-feira (5). Essa será a primeira entrevista concedida por Waack após a sua saída da TV Globo, em dezembro. O jornalista foi acusado de praticar o racismo em um vídeo vazado em outubro do ano passado.
Durante a conversa, William Waack garantiu que se tornou “”uma pessoa mais humilde” após o episódio. “Eu aprendi a ter mais sensibilidade para alguns pontos e aprendi a ser mais humilde”, afirmou.
No programa ele conta ainda que, “apesar de ter sofrido muitos ataques na internet, e de várias esferas da sociedade, seguiu a rotina normalmente e que, pessoalmente, não passou por nenhum constrangimento”.
Para o seu futuro, Waack afirmou que tem trabalhado muito com o objetivo de colocar um programa na internet. “Estou trabalhando à beça. Estou indo pro mundo digital. O caminho que eu quero seguir é colocar no ar um programa que eu apresentava chamado “Painel WW”. Vai ter plateia no estúdio”, afirmou ele.
DEMISSÃO
Um vídeo com William Waack conversando nos bastidores durante a cobertura da vitória de Donald Trump na eleição presidencial, em 2016, mostrou o jornalista xingando um motorista que passa buzinando.
“Está buzinando por quê, seu merd* do cacete? Deve ser um, com certeza, não vou nem falar de quem, eu sei quem é, sabe o que é?”, disse ele, que cochicha supostamente a palavra “preto” no ouvido do entrevistado ao seu lado.
No mesmo dia que o vídeo vazou, em 8 de novembro, Waack foi afastado pela direção da TV Globo, que alegou em nota oficial. “Ao que tudo indica, [o comentário foi] de cunho racista.”
Um mês depois, a Globo finalmente anunciou a demissão de Waack, depois de um acordo entre as duas partes. No comunicado, a emissora ressaltou que não tolera “racismo em todas as suas formas e manifestações”, embora o jornalista negue ter agido de forma preconceituosa.
Em entrevista ao colunista do UOL Maurício Stycer, Diego Rocha Pereira, responsável por ter gravado o vídeo que levou ao afastamento de William Waack, considerou que não fez nada de errado e não teme nenhum tipo de reação ao seu gesto.
Pereira trabalhou na Globo, em São Paulo, entre 2012 e 2017, e deixou a empresa em janeiro, num corte de pessoal.