Nos 16 jogos investigados, a operação identificou ao menos 23 fatos criminosos ocorridos. (Foto: reprodução)
Já são quatro os jogadores que confessaram ao Ministério Público de Goiás (MP-GO) terem participado do esquema de manipulação de jogos para favorecer apostas esportivas em esquema denunciado recentemente. Dois destes são o lateral Moraes e o zagueiro Kevin Lomónaco que disseram ter manipulado três jogos da Série A do Brasileiro em 2022.
As informações foram divulgadas pelo UOL, após vídeos com as confissões terem sido obtidos pelo veículo e divulgados neste domingo (14). Apesar do crime poder resultar em até seis anos de prisão, a confissão ao MP fez com que fosse oferecidos a ambos citados acimas um acordo de não persecução penal, além disso eles não foram processados e, agora, são testemunhas das investigações.
Em sua justificativa Morael disse que precisava muito de dinheiro e, na época, afirmou ter recebido R$ 25 mil para tomar cartões amarelos em dois jogos, contra Palmeiras e Goiás. Já Kevin disse que aceitou uma promessa de receber R$ 70 mil para tomar um cartão amarelo em Red Bull x América-MG, mas os golpistas depositaram menos da metade do valor prometido.
“Ele [golpista] falava que eu ia ganhar dinheiro rápido, que somente tinha que pegar cartão amarelo. Aceitei. Eu estava na concentração, um dia antes do jogo, acho. Ele seguia insistindo, mandando mensagem, dizendo: ‘Vamos fechar, hermano, é dinheiro…’ Mas eu fiz sem conhecimento algum que era um crime, algo assim. Fiz assim normal, não perguntei nada pra ninguém”, afirmou Kevin.
Kevin é contratado do Red Bull e Moraes tem contrato com o Atlético-GO, mas está emprestado ao Aparecidense-GO, e ambos jogadores estão afastados temporariamente de seus clubes.
Atualmente, com a 2ª fase da operação, foram identificados a influência de um grupo criminoso em 8 partidas de jogos da Série A do Campeonato Brasileiro. Nos 16 jogos investigados, a operação identificou ao menos 23 fatos criminosos ocorridos. Dos 16 réus, 7 são jogadores de futebol e 9 são apostadores ligados ao grupo criminoso.
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