Ao ser questionado sobre a vitória de João Doria (PSDB), no primeiro turno, para a Prefeitura de São Paulo, o chanceler brasileiro, o também tucano José Serra, disse, nesta segunda (3) não ter “condição” de “ficar analisando consequência da eleição neste ou naquele município”.”Sou ministro do governo, estou preocupado com as questões de Argentina, Paraguai. Visitamos os dois países num dia só”, afirmou Serra, durante visita ao Paraguai.
“Não tenho a menor condição de ficar analisando consequência da eleição neste ou naquele município.”Serra, que apoiava Andrea Matarazzo, oponente de Doria nas prévias do partido, também foi questionado por não ter telefonado para o prefeito eleito para parabenizá-lo.”Muita gente do PSDB deve ter ido para o segundo turno ou ganho a eleição”, afirmou, sugerindo que não poderia telefonar só para Doria.”Hoje só foi correria.”Doria, contudo, disse ter recebido uma ligação do próprio Temer depois da vitória.
REFORMA POLITICA
Ao chegar ao Paraguai para sua primeira visita bilateral ao país nesta segunda, Temer comentou o resultado das eleições e disse que o “número imenso” de abstenções e de votos brancos e nulos mostra a “necessidade indispensável” de passar uma reforma política no Congresso.
Temer, que já havia falado sobre essa relação em sua escala em Buenos Aires, também nesta segunda, indica que deve aproveitar esses números para tentar avançar o debate sobre a reforma política no parlamento.”Devo registrar uma preocupação: acabei de verificar um número imenso de abstenções, votos em branco e nulos , o que revela o que ouso dizer a indispensável necessidade de uma reforma política do país”, disse Temer. “Algo que penso que o Congresso Nacional deve cuidar com muita propriedade.”Só em São Paulo, 34,7% dos eleitores aptos a votar não foram às urnas ou votaram em branco ou nulo.(FolhaPress)