A secretaria de segurança pública do Rio determinou a ocupação por tempo indeterminado da Cidade de Deus, na zona oeste do Rio, após a queda de um helicóptero da PM no local, ocorrida na noite de sábado (19).
Na manhã deste domingo (20), um homem foi preso durante a operação. Com ele, foram apreendidos três fuzis e duas pistolas.
A operação foi decidida em reunião de emergência realizada pela cúpula da segurança pública na madrugada deste domingo.
Foram enviados ao local homens do Comando de Operações Especiais, que inclui o Bope (Batalhão de Operações Especiais) e o Batalhão de Choque, com apoio de efetivo dos batalhões da região.
Ainda não se sabe se a aeronave foi abatida ou sofreu uma pane. As causas serão definidas neste domingo por perícia do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos).
No momento da queda, o helicóptero do Grupamento Aéreo Militar apoiava operação policial na região. De acordo com a secretaria de segurança, ele atuava na observação do confronto, mais distante do local.
Um helicóptero blindado apoiava as ações em solo, voando em altitude mais baixa.
O acidente matou os quatro tripulantes da aeronave: o major Rogério Melo Costa, 36, o capitão Willian de Freitas Schorcht, 37, o subtenente Camilo Barbosa Carvalho, 39, e o 3º sargento Rogério Félix Rainha, 39.
A Cidade de Deus tem uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) desde 2009, mas vem experimentando um aumento nos confrontos armados nos últimos meses, a exemplo de outras comunidades no Rio.
Desde sexta (18), moradores relatam a ocorrência de tiroteios na comunidade. No sábado, um carro da polícia foi atacado por traficantes, incidente que motivou o início da operação policial na região.
A Linha Amarela, uma das principais vias de acesso à zona oeste da cidade, chegou a ter o tráfego interrompido por três vezes por causa dos tiroteios.
(FOLHA PRESS)
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