Os bares, fechados desde o dia 19 de março em Goiânia, reabrem nesta terça-feira (14) após quase 120 dias. A permissão foi concedida tanto pelo governo do estado quanto pela prefeitura da capital. O cenário, todavia, é bem diferente do encontrado até o início de março.
Os protocolos sanitários permitem que os estabelecimentos operem com apenas 50% da capacidade máxima, mantendo distanciamento mínimo de dois metros entre as mesas e até com proibição de manuseio do cardápio. “Teremos o cardápio pelo QR Code”, relata o presidente do Sindicato de Bares, Restaurantes e Similares de Goiás (Sindbares), Newton Pereira à Rádio Bandeirantes Goiânia.
Também só será permitido atendimento a clientes sentados. “Quem estiver em pé deverá aguardar em filas, com distanciamento, para entrar quando vagar uma mesa”, pontua.
Segundo Pereira, os empresários acreditam que a população, no primeiro momento, ainda ficará receosa, mantendo um movimento baixo nos bares da capital. “Vamos ver como vai ser o comportamento do consumidor daqui até o fim de semana, quando temos mais clientes”, disse após citar que pesquisas mostram que o cliente ainda tem o pé atrás.
Esperança após dias sombrios
Empresários do segmento foram alguns dos que mais sofreram com as restrições. Após dias de angústia, o Sindbares estima que de 2 mil a 3 mil filiados, de um total de 12 mil, precisarão fechar as portas definitivamente. O número pode aumentar, pois, segundo o sindicato, alguns se darão conta que não terão capital de giro para retomar as atividades com a liberação. A entidade calcula ainda que um terço dos 30 mil empregados do setor foi demitido.
Apesar dos números assombrosos, o setor está otimista para uma recuperação e por dias melhores. “Muitos colegas empresários ficaram pelo meio do caminho. Inúmeros postos de trabalho foram perdidos nessa caminhada, mas enfim estamos retomando. A expectativa é retomar para o novo normal. Sabemos que não será fácil, mas é um começo. Faremos uma retomada com muita responsabilidade, regras e diretrizes a serem cumpridas”, afirmou Pereira.