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Política
| Em 11 meses atrás

Após quase seis anos, família de Marielle ainda espera informações com delação premiada da PF

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Com alguns avanços no caso Marielle Franco, após quase seis anos do assassinato, a família da vereadora ainda aguarda novas informações, com a expectativa de que as delações premiadas da Polícia Federal (PF) revelem novidades. Conforme especulações, o ex-PM Ronnie Lessa aceitou fazer delação, e tais informações levam a novos possíveis mandates do crime, entre os nomes citados, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), Domingos Brazão.

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, irmã da vereadora Marielle Franco, declarou nas redes sociais, nesta terça-feira (23), que ainda aguarda justiça. “Recebi as últimas notícias relacionadas ao caso Marielle e Anderson e reafirmo o que dizemos desde que a tiraram de nós: não descansaremos enquanto não houver justiça”, escreveu.

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A viúva de Marielle, a vereadora Monica Benício, também se pronunciou sobre as informações que circulam sobre as novidades advindas da delação. À Agência Brasil, ela se mostrou otimista com as possibilidades. “Lessa é um criminoso com laços profundos com o submundo do crime e da contravenção. Tudo que for dito por ele, se for dito, vai precisar ser averiguado e respaldado pelas instituições responsáveis pela investigação. Foi esse o procedimento adotado na delação de Elcio Queiroz, foi esse o procedimento que impulsionou avanços na investigação e apontou o envolvimento de outros atores no crime”, destacou.

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Em 2023, passos importantes foram dados como a delação de Élcio Queiroz, que dirigia o carro usado no crime, e apontou o também ex-policial militar Ronnie Lessa como o autor dos assassinatos de Marielle e Anderson. Agora, o foco está no conselheiro do TCE-RJ, Domingos Brazão, apontado pelo site The Intercept Brasil como um dos delatados por Lessa como mandante do crime que aconteceu em 2018.

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O burburinho aumentou quando informações de que o acordo de delação tramita no Superior Tribunal de Justiça (STJ) vieram à tona. O trâmite indica que o mandante em questão teria foro privilegiado, um direito dado a autoridades que ocupam cargos públicos, como o de Brazão.

Apesar das especulações, Brazão afirma que não tem envolvimento com o assassinato de Marielle e Anderson. Em entrevista ao Metrópoles, o conselheiro afirmou que não teme a investigação e levantou suspeita de que a artimanha de envolvê-lo possa ser uma estratégia para proteger alguém. “Outra hipótese que pode ter é a própria Polícia Federal estar fazendo um negócio desse, me fazendo sangrar aí, que eles devem ter uma linha de investigação e vão surpreender todo mundo aí”, pontuou.

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Por fim, Brazão afirmou não conhecer nenhum dos envolvidos no crime, nem mesmo as vítimas. “Não tenho medo de investigação. Não conheço essas pessoas. Nunca vi essas pessoas. Mas eu não vou perder o foco, vou continuar trabalhando. Já me aborreceram”, destacou.

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Luana Cardoso

Atualmente atua como repórter de cidades, política e cultura. Editora da coluna Crônicas do Diário. Jornalista formada pela FIC/UFG, Bióloga graduada pelo ICB/UFG, escritora, cronista e curiosa. Estagiou no Diário de Goiás de 2022 a 2024.