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Após punir Jean Wyllys, Conselho de Ética livra filho de Bolsonaro por ‘cuspegate’

Uma troca de cusparadas no dia da votação do impeachment de Dilma Rousseff teve desfecho distinto para dois de seus protagonistas.

Dois meses depois de punir com uma censura por escrito o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ), que durante a votação de 2016 cuspiu na direção do colega Jair Bolsonaro (PSC-RJ), o Conselho de Ética da Câmara absolveu nesta quarta-feira (7), de forma unânime, um dos filhos de Bolsonaro, Eduardo, que na mesma ocasião cuspiu de volta na direção do deputado do PSOL.

Wyllys se desentendeu com Bolsonaro momentos depois de anunciar no microfone do plenário sua posição contrária à recomendação da abertura do processo de impeachment.

Ao descer do púlpito montado, ele deu uma cusparada na direção de Bolsonaro. O deputado do PSOL, que é homossexual, disse que vinha sendo ofendido de forma reiterada por comentários homofóbicos do colega do PSC.

Durante a confusão, Eduardo Bolsonaro (PSC-SP), que também é deputado, cuspiu de volta na direção de Wyllys.

O relator do pedido de cassação contra Eduardo, feito pelo PT, afirmou que o filho de Bolsonaro apenas reagiu de forma natural a uma agressão sofrida pelo pai. “Qualquer um que visse o pai sendo agredido poderia até tomar outro tipo de atitude”, afirmou o deputado João Marcelo Souza (PMDB-MA).

Foram 11 votos pelo arquivamento da representação contra Eduardo, além de uma abstenção.

Jair e Eduardo estavam presentes na reunião do Conselho de Ética, mas apenas o segundo se manifestou brevemente, concordando com o relatório do peemedebista.

Eduardo é alvo ainda de outro pedido de cassação por ter postado em redes sociais um vídeo acusando Wyllys de ter premeditado a cusparada no pai. Esse caso também será analisado nesta quarta (7) pelo Conselho de Ética.

Jair Bolsonaro foi recentemente alvo do Conselho, mas também acabou sendo absolvido.

Em novembro de 2016, o colegiado decidiu por 11 votos a 1 arquivar a representação que pedia a cassação do mandato do deputado do PSC por ele ter defendido, também no dia da votação do impeachment, a memória do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra (1932-2015), um dos principais símbolos da repressão durante a ditadura militar. (Folhapress)

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Thais Dutra

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