O procurador-geral do Irã, Mohamad Jafar Montazeri, anunciou, no sábado (03/12), o fim da chamada polícia da moralidade, criada em 2005, que fiscalizava a vestimenta das mulheres.
“As mesmas pessoas que criaram a polícia da moralidade a desmantelaram”, disse. De acordo com ele, porém, o uso do véu islâmico continua sendo importante e o comportamento será fiscalizado pelo Poder Judiciário no nível comunitário.
Montazeri declarou também que o Parlamento iraniano deve analisar, em até 15 dias, uma nova lei sobre a obrigatoriedade do uso do véu, mas não entrou em detalhes em relação à proposta
O anúncio ocorre após três meses de intensos protestos contra o regime iraniano, que tiveram como estopim o caso da jovem Mahsa Amini, morta sob custódia da polícia da moralidade depois de ser presa por supostamente não se vestir de maneira adequada.
Segundo o Ministério do Interior do Irã, 300 pessoas já morreram em decorrência dos protestos. Por outro lado, a organização não governamental (ONG) Iran Human Rights (IHR), focada em direitos humanos, fala 448 mortes.
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