Poucas semanas após as polêmicas envolvendo a pressão do governo Lula sobre a presidência do Sebrae Nacional, o diretor-presidente do órgão, Carlos Melles, apresentou ao Conselho Deliberativo do órgão uma carta de renúncia. Em um trecho do documento, Melles diz: “Comunico a V. S°. minha renúncia ao cargo de Diretor-Presidente do Sebrae Nacional, cargo que ocupo desde março de 2019, apedido da CNI, CNC, CNA, ABASE e CACB. Na oportunidade, expresso meu respeito a todo o Sistema Sebrae e aos milhões de empresários de pequenos negócios”.

Engenheiro agrônomo e político, Carlos Melles era considerado um nome de Bolsonaro, inclusive é filiado ao PL, e deve ser substituído por um petista. O governo Lula quer indicar o ex-deputado do PT de Santa Catarina Decio Lima para a presidência do Sebrae Nacional, que tem um orçamento estimado para 2023 de R$ 7 bilhões.

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Segundo consta nos bstidores, desde que Lula tomou posse tem tentado retirar os dirigentes da diretoria executiva, do Conselho Deliberativo e do Conselho Fiscal da Sebrae que foram eleitos em 2022. Inclusive, na semana passada, a Frente Parlamentar do Comércio, Serviços e Empreendedorismo tinha manifestado apoio à diretoria que foi eleita no ano passado.

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“Num momento em que se fala tanto em democratização das instituições, é fundamental valorizar os procedimentos estabelecidos e consagrados tanto em lei quanto pela governança interna de cada uma delas […] É a melhor maneira de demonstrar na prática o respeito às micro e pequenas empresas, tão essenciais ao presente e ao futuro do Brasil”, manifestou o grupo, que pediu respeito ao resultado das eleições que definiram os dirigentes do Sebrae até 2026.

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