Os feirantes decidiram não retomar as atividades da Feira Hippie neste final de semana. A atitude é uma forma de protesto à proibição da prefeitura ao funcionamento da feira durante as sextas-feiras. Essa regra, alega a categoria, não foi debatida em nenhuma reunião que tratou sobre a reabertura e protocolos sanitários.
Segundo o presidente da Associação dos Feirantes da Feira Hippie, Waldivino da Silva, a categoria não pode abrir mão da sexta-feira, um dos dias de maior movimento, representando cerca de 40% das vendas. “Brigamos por isso, porque nosso cliente vai embora na sexta. Não vamos ter mais o cliente do interior se não abrirmos na sexta”, afirmou. “Concordar com isso, é assinar uma confissão que queremos ficar sem a sexta-feira. O feirante não concorda e não aceita isso”, completou.
Ele conta que todos se esforçaram nos últimos dias para regularizar as bancas aos protocolos e se adaptar à nova forma de trabalhar, mas a categoria foi surpreendida com uma ligação da Sedetec na tarde de quinta-feira (23), vetando a abertura no sábado. “Mandaram um comunicado falando que iam apreender as bancas”, revela Silva.
Cerca de 19 carretas que estavam no local para montar barracas estão indo embora nesta sexta, conforme a associação. Os montadores informaram que, mesmo que haja algum feirante dissidente, a barraca não será erguida neste fim de semana.
A associação diz que, por ora, não gouve diálogo com a prefeitura. Segundo Silva, a Sedetec sinalizou com a possibilidade de reunião na segunda-feira (27), mas ainda não confirmou o encontro. A Associação de Feirantes da Feira Hippie já se mobilizou para ir ao Paço na data e protestar contra a determinação.
A Sedetec alega que a sexta-feira era um dia provisório para a Feira Hippie, enquanto a praça era reformada. A associação diz que esta foi uma conquista da categoria.