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Política
| Em 2 anos atrás

Privatização do Ipasgo recomendada pelo TCE-GO é negada pelo governo Caiado

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Em seu parecer prévio das contas anuais do governador, referente a 2021, o Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE-GO) determinou a adoção de “providências para que, até o final de 2023, seja efetivada a conversão do Ipasgo [Instituto de Assistência aos Servidores Públicos do Estado de Goiás] em pessoa jurídica de direito privado”.

Pelas redes sociais, o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) já se manifestou sobre o assunto: “Nosso governo jamais levantou qualquer hipótese de privatização do Ipasgo. Muito pelo contrário: repassamos os recursos do Instituto rigorosamente em dia”.

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Como alternativa às providências para converter o Ipasgo em pessoa jurídica de direito privado, o governo pode promover “medida com potencial equivalente para resolução dos problemas” apontados na análise do conselheiro relator, Celmar Rech.

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De acordo com ele, os recursos oriundos da receita do Ipasgo não devem compor a Receita Corrente Líquida (RCL). “No exercício de 2021, esses valores somaram R$ 1,817 bilhão, o que representa 5,76% da RCL do período.”

“A manutenção da atual natureza jurídica do Ipasgo também prejudica a transparência social e a inteligibilidade sobre os gastos estaduais com a função saúde pública, como dito alhures, pelo fato de que seus dispêndios, de caráter não universal, são direcionados a um público específico, os usuários do plano de saúde, e não com a saúde da sociedade em geral”, afirma o relator, que recomenda a transformação do órgão “em uma fundação ou outra instituição privada sem fins lucrativos”.

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Em nota enviada ao Diário de Goiás, a assessoria de imprensa do TCE-GO esclareceu que “a determinação do Tribunal não envolve privatização do Ipasgo”.

“As pessoas jurídicas de direito privado podem ser estatais, a exemplo das fundações e empresas públicas. A Saneago, por exemplo, é uma empresa pública. A determinação do TCE trata apenas da autonomia da entidade, que por possuir suas próprias fontes de recurso, deverá sair da orçamento do Poder Executivo”, conclui.

À reportagem, a assessoria de imprensa do Ipasgo disse apenas que “não há nenhum estudo referente à privatização do Ipasgo e não é intenção do Governo privatizar o Instituto”.

Veja abaixo a íntegra da análise do relator:

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