Depois de a liminar que suspendida as atividades da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar possíveis irregularidades na Saúde ser derrubada, o relatório final deve ser votado durante reunião marcada para esta quarta-feira (13/07), às 10 horas, na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego)
Autor da liminar, o deputado estadual Delegado Humberto Teófilo (Patriota) alegava que a composição da CPI da Saúde, também proposta por ele, é ilegal. “O deputado Wilde Cambão [PSD] não poderia ser titular porque ele já é titular da CPI do Leite.”
A desembargadora Nelma Branco Ferreira Perilo, do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), aceitou a argumentação, mas, na noite de segunda-feira (11/07), ela mesmo revogou a liminar com base em esclarecimento da Procuradoria da Alego, segundo a qual Wilde Cambão passou a ser suplente da CPI do Leite, e não mais titular, desde o final do mês passado.
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No início de junho, o presidente da Assembleia Legislativa, Lissauer Vieira (PSD), após manobra da oposição, que havia conseguido maioria, revogou ato que instaurou a CPI da Saúde a fim de obedecer a proporcionalidade partidária. Na nova composição, prevaleceram deputados da base do governador Ronaldo Caiado (União Brasil).
Escolhido como presidente da CPI da Saúde em sua primeira formação, o deputado estadual Helio de Sousa (PSDB) afirmou ao Diário de Goiás que ela “não vai levar a nada porque os deputados que representam a base do governo estão ali para impedir que qualquer investigação vá adiante”.
O relatório pede o arquivamento das denúncias e, com isso, a tendência é a de que os trabalhos da CPI da Saúde sejam encerrados definitivamente.