O subsecretário da Dívida Pública do Tesouro Nacional, José Franco, afirmou nesta quarta-feira (24) que o órgão está preparado para gerir a dívida independente do rebaixamento da nota do Brasil pela agência de classificação de risco Moody’s, que passou de Baa3 para Ba2. A agência colocou o país em perspectiva negativa, o que pode trazer novo rebaixamento de classificação ainda em 2016.
“[O Tesouro] estava preparado porque isso é previsto no Plano Anual de Financiamento (PAF) [da Dívida Pública] em um ambiente com a perda do grau de investimento”, informou José Franco. Além disso, o subsecretário disse que o governo federal não irá alterar a estimativa sobre a dívida contida no PAF em 2016, entre R$ 3,1 trilhões e R$ 3,3 trilhões.
José Franco ressaltou que não acredita que investidores estrangeiros sairão do país após o rebaixamento da nota. No entanto, para o subsecretário, o momento é de redução das taxas de juros no mercado internacional. Com isso, os títulos brasileiros continuam atrativos, considerando que a taxa Selic está em 14,25% ao ano, ante 0,5% nos Estados Unidos.
“O país perdeu o grau de investimento. Mudou de classe. Mas existem outros tipos de investidores para essa nova classe que vão comprar Brasil”, destaco. Segundo Franco, é importante observar que mais de 75% dos credores do Tesouro são investidores domésticos.
Com informações da Agência Brasil