A produção industrial brasileira interrompeu período de dois meses seguidos de altas e estabilizou em junho.
O indicador, medido pelo IBGE, não variou em junho, frente maio.
Maio (1,2%) e abril (1%) tinham sido de altas frente aos meses imediatamente anteriores, o que sugeria que ciclo de produção dava início à trajetória de altas, mas junho interrompeu movimento.
Produtos farmacêuticos e químicos (-9,2%), de equipamentos de transporte (-6,8%) e de informática (-4,9%) puxaram para baixo o indicador, indicando que a retomada da produção ainda tende resiste a ocorrer.
Veículos (-3,9%) e produtos derivados de petróleo e biocombustíveis (-1,7%) também tiveram quedas importantes.
Na ponta oposta, alimentos (4,5%), máquinas e equipamentos (2%) e bebidas (1,7%) apresentaram melhora.
Na comparação de junho com igual período do ano passado, houve ligeira alta, de 0,5%.
A produção da indústria teve trajetória errática no primeiro semestre, se comparada ao desempenho dos meses em 2016.
Em maio, a produção havia subido 4,1%.
Ainda que em percentual baixo, junho completou dois meses consecutivos de alta na produção.
Janeiro (1,6%), março (1,7%), maio (4,1%) e junho (0,5%) foram de altas, enquanto fevereiro (-0,6%) e abril (-4,4%) foram de quedas.
O IBGE verificou que 13 dos 26 ramos da indústria pesquisados tiveram melhora da produção. Os produtos de fumo (30%), equipamentos de informática (10,9%), produtos alimentícios (7,2%), veículos, reboques e carrocerias (6,6%) e máquinas e equipamentos (5,8%) tiveram as maiores altas.
Outros ramos com melhores resultados foram celulose e papel (5,1%), indústria extrativa (4,5%) e produtos têxteis (4,4%).
Na outra ponta, produtos para impressão e reprodução de gravações tiveram a maior queda, de 33,1%, seguido de outros equipamentos de transporte (-22,4%), produtos farmacêuticos (-18,7%), máquinas e materiais elétricos (-10,7%) e produtos químicos (6,5%).
A produção teve crescimento de também 0,5% no acumulado dos seis primeiros meses do ano. No acumulado em doze meses encerrados em junho, porém, há queda de 1,9% na produção industrial. (Folhapress)