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Após disparos, atirador de GO chamou pelo pai, diz conselheiro de educação

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – “O que eu estou fazendo? Cadê o meu pai?” Essas foram as primeiras palavras que o atirador de 14 anos disse à coordenadora da escola particular Goyases, em Goiânia, após matar a tiros dois colegas de sala e deixar outros quatro feridos, segundo o conselheiro estadual de educação de Goiás e presidente do Sindicato de Estabelecimentos Particulares de Ensino de Goiânia, Flávio Roberto de Castro.

Ele conversou com a coordenadora da escola, que não tem previsão para retomar as aulas.

“Foi a coordenadora que conversou com o aluno [atirador] e conseguiu segurar a arma dele [que ficou descarregada após uma sequência de ao menos 11 tiros]. Ela conversou com ele, que disse a ela: ‘O que eu estou fazendo?'”, contou o conselheiro. “Em seguida, a coordenadora contou que ele perguntou ‘cadê o meu pai?’ e ela disse que já estava ligando para ele [um major da PM].”

A polícia nega a versão de que a arma foi segurada pela coordenadora, que apenas teria conversado com o atirador.

Castro afirmou que mantém contato com a coordenadora e que também tem se reunido com frequência com os integrantes da direção da escola, para acompanhar o caso e oferecer assistência.

Na ficha estudantil individual do atirador, de acordo com o conselheiro, não há qualquer registro de “anormalidade nem reclamação por parte dele ou da família de que era vítima de bullying”.

Filho de policiais militares, o atirador usou uma arma da corporação sob responsabilidade do pai para praticar os atos infracionais. Ele é aluno da escola há muitos anos e tem um irmão mais novo que também estuda na unidade de ensino.

“Uma professora relatou que conversou com ele antes sobre a mostra de ciências que aconteceria no outro dia normalmente. Nunca houve conversa dele sobre isso [bullying] com professores. Nunca houve conversa dos pais dos alunos com a escola para dizer que ele tinha problema com isso”, afirmou o conselheiro.

“Muita gente diz que ele sofria bullying, mas, com esse aluno, houve uma situação de brincadeira e ele potencializou essa brincadeira”, afirmou Castro, referindo-se ao suposto fato de que o atirador era chamado de “fedorento” por um dos colegas de sala que ele matou. “Dizer que foi bullying é muito precipitado”, acrescentou.

Quatro psicólogos estão realizando acompanhamento terapêutico junto aos coordenadores e membros da direção da escola. A partir da próxima quarta-feira (25), a escola deve fazer reunião com pais e professores para reprogramar o calendário escolar. Isto porque terça-feira (24) é feriado por causa do aniversário de Goiânia, antecedido por ponto facultativo.

A reportagem da Folha de S.Paulo ligou para a advogada da família do atirador, Rosângela Magalhães, e enviou mensagem por WhatsApp, na tarde deste domingo, mas ela não se manifestou.

Marcley Matos

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