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| Em 3 anos atrás

Após cinco dias preso, médico tem prisão revogada pela justiça e usará tornozeleira

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Suspeito — até agora — de ter abusado sexualmente de 50 pacientes, o médico ginecologista Nicodemos Júnior Estanislau Morais, 41 anos, conseguiu a revogação de sua prisão e responderá em liberdade.

O médico foi solto nesta segunda-feira (4) após decisão da justiça. Nicodemos ficou preso cinco dias, seu processo segue em segredo de justiça. Há uma expectativa de que novas vítimas possam procurar a Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM) de Anápolis com possíveis acusações contra o suspeito.

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Com a decisão da justiça, o médico passa a usar tornozeleira eletrônica, fica impedido de aproximar-se de supostas vítimas e doutras pessoas envolvidas no processo, além de ter tido indeferimento do exercício da função de médico.

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A defesa do médico explicou que a decisão judicial — de soltura — foi tomada baseada no artigo 312 do Código de Processo Penal (CPP) e, em função disso, ele ficará à disposição da justiça em liberdade.

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“O juiz entendeu que ele não preenche os requisitos do artigo 312 do Código de Processo Penal, ou seja, ele não vai atrapalhar as investigações, tem residência fixa e é réu primário”, explica.

O número de pacientes que se dizem vítimas do médico vem aumentando a cada dia desde a prisão de Nicodemos (em 29 de setembro, em seu consultório, em Anápolis, pela Operação Sex Fraud). Ele é suspeito e pode responder por importunação sexual, violação sexual mediante fraude e estupro de vulnerável.

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Num primeiro momento três pacientes denunciaram o ginecologista, em seguida a Polícia Civil (PCGO) foi recebendo outras denúncias e o número está, hoje, em 50, podendo aumentar, já que, segundo especialistas, há pacientes que não se sentem à vontade para denunciá-lo, outras têm receios de represálias, mas que podem denunciá-lo, sentindo-se encorajadas, devido à repercussão do caso.

De acordo com a PC, em Brasília, por exemplo, o médico havia sido condenado por violação sexual mediante fraude. No caso das vítimas em Goiás, foi constatado semelhanças na forma de falar e agir do médico com o que foi registrado nos casos do Distrito Federal.

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Tags: médico