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Política
| Em 2 anos atrás

Após caso envolvendo Bolsonaro, Kajuru relembra PL que proíbe compra de imóveis em dinheiro vivo; entenda

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O senador por Goiás Jorge Kajuru, do Podemos, publicou um vídeo em seu Twitter em que relembra , durante uma sessão no Congresso, o Projeto de Lei, parado desde 2019, que possui uma emenda proibindo compra de imóveis em dinheiro vivo. O político “reviveu” o PL após reportagem do portal UOL que denuncia o presidente Jair Bolsonaro e familiares de adquirirem 51 imóveis desta forma.

“O projeto simples e importantíssimo, que traz uma emenda histórica que proíbe qualquer cidadão de comprar ou vender imóveis com dinheiro vivo, podendo apenas por transferências, evitaria lavagem de dinheiro, tráfico de drogas. Mas o projeto esta dormindo”, afirmou o senador. Assista:

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Kajuru, como mostra o final do vídeo, ainda cobra o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil) de trazer o projeto ao Congresso e cita Bolsonaro. “Este projeto tivesse sido aprovado evitaria o escândalo de hoje, impecável e merecedora de prêmio, do UOL, mostrando a história patrimonial do presidente Jair Bolsonaro”, concluiu.

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As reportagens publicadas pelo UOL que mostraram que, desde os anos 1990 até os dias atuais, o presidente, irmãos e seus filhos negociaram 107 imóveis, dos quais pelo menos 51 foram adquiridos total ou parcialmente com uso de dinheiro vivo, mostra que há problemas em transações deste tipo.

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Apesar de Bolsonaro se irritar ao ser questionado pelo caso perguntando, justamente, “Qual o problema?”, especialistas entrevistados pelo UOL dizem que, apesar de destacar que esse tipo de transação não configurar um crime, acaba por levantar muitas suspeitas. Ainda de acordo com o que diz o relator do projeto na Comissão de Assuntos Econômicos, senador Alessandro Vieira, entrevistado pelo portal, “o uso de dinheiro em espécie em transações imobiliárias é uma das formas conhecidas internacionalmente de dissimulação do dinheiro de corrupção, do crime organizado”.

Projeto 3951/2019

O PL citado por Kajuru, proposto em 2019, é de autoria do senador Flavio Arns (Podemos-PR), e tem como objetivo prevenir operações de lavagem de dinheiro ou ocultação de patrimônio que podem ser facilitadas pelo uso de dinheiro em espécie em transações diversas. No texto, como reforçou o senador goiano, há uma emenda que proíbe a transação em dinheiro vivo para adquirir imóveis.

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Apesar disso, o texto está parado à espera da designação de um relator na CCJ, o que deve ser feito por Alcolumbre. O mais curioso é que, após um relatório do senador Alessandro Vieira (PSDB-SE) ao projeto ter sido aprovado no ano passado na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos), o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho de Bolsonaro foi contra o projeto e tentou ainda adiar sua tramitação ao fazer um pedido de vista que foi negado.

Basta agora, após a cobrança de Kajuru, que a população e outros políticos defendam a celeridade da aprovação do projeto que, depois de aprovado pela CCJ, precisa, claro, seguir para o plenário do Senado e, após essa fase, ser avaliado pela Câmara e sancionado pelo presidente em exercício.

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Carlos Nathan Sampaio

Jornalista formado pela Universidade Federal e Mato Grosso (UFMT) em 2013, especialista Estratégias de Mídias Digitais pelo Instituto de Pós-Graduação e Graduação de Goiânia - IPOG, pós-graduado em Comunicação Empresarial pelo Senac e especialista em SEO.