O cantor Sérgio Reis disse que está arrependido e que errou ao proferir uma fala convocando as pessoas para uma manifestação a favor do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e pela destituição dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). O ex-deputado federal, de 81 anos, disse ainda que não é puxa saco de Bolsonaro e que está tendo prejuízo financeiro desde o episódio.
“Não sou puxa-saco de Bolsonaro. Eu errei mesmo, errei muito. Não devia ter falado, porque as pessoas pensam. Falei com um amigo. Ele postou num grupinho. Um amigo da onça. É da vida. Estão me ameaçando, pensando que estou com medo. Mas não me escondi. Estou aqui em casa, não agredi ninguém. Arco com minha responsabilidade”, disse o artista em entrevista ao Congresso em Foco.
Ainda de acordo com Sérgio, alguns contratos comerciais foram cancelados após a divulgação do vídeo e áudio dele convocando as pessoas a ‘parar o Brasil’.
“Querem me massacrar. Já estou tendo prejuízo. Cancelaram quatro shows e dois comerciais que ia fazer agora. Tiraram do ar um que faço para um supermercado de Curitiba. Vão tirar por um mês do ar e esperar para ver o que acontece”, declarou Reis.
O cantor comentou acerca de um inquérito que teria sido aberto pela Polícia Civil do Distrito Federal (PC-DF) após supostas ameaças proferidas pelo artista. Segundo ele, sua fala não foi criminosa, mas disse que vai se defender se houver acusação.
“Se abriram, vamos fazer a defesa, o que é certo. Não tenho medo de cadeia. Quando moço, eu era briguento, participava de briga. Fui preso por briga, tinha de responder pelo que fiz. Não fiz nada agora”, pontuou.
Mesmo com repercussão desfavorável, segundo o próprio cantor, ele mantém suas críticas políticas em relação aos ministros do Supremo. Sérgio afirmou também que pretende, sim, participar das manifestações em Brasília, no feriado de 7 de setembro.
“Pelo que estão fazendo, soltando os bandidos, eu quero o impeachment deles. Não acho que estão representando o povo. Ali é o Supremo Tribunal Federal, é a Justiça do país, tem de ter coerência. [Por exemplo], o presidente tem de ir lá para depor? O que é isso? Pensam que é mais que o presidente? O Supremo é o povo. Aí o povo não aceitou. Você vai ver Brasília dia 7 de setembro. Tenho de ir para a rua porque me comprometi com eles. Preciso mostrar para o povo que querem me amedrontar. Se tiver de morrer, eu morro, morro pelo meu país”, pontuou o artista.