Sempre ácido nos seus comentários, polêmico na utilização de palavras e controverso em ações, o ex-presidenciável Ciro Gomes (PDT-CE) foi ao Facebook compartilhar uma notícia do Portal Uol Notícias: “Dentre os governadores de ‘paraíba’, o pior de todos é o do Maranhão”, trazia a manchete. Gomes foi de poucas palavras, sem textões, mas manifestou sua revolta chamando o presidente de “Magda das mílicias”, pediu para que o mesmo calasse a boca.

“Cala a boca “Magda das milícias”! Ele destampou sua boca de cloaca… “não existe fome no Brasil”, “vai privilegiar o filho mesmo”, chama de “Paraíba” uma região do País com mais 30 milhões de habitantes atacando um dos melhores governadores, e irresponsavelmente determina perseguição ao povo de um Estado, além de mentir descaradamente sobre a jornalista Miriam Leitão. Cala a boca “Magda das milícias”!”, foi o post.

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Em seu post, Ciro Gomes fazia referências a diversos contextos polêmicos levantados por Bolsonaro nos últimos dias. Ontem, em encontro com jornalistas internacionais, o presidente afirmou que é uma “grande mentira” que há fome no Brasil. “Falar que se passa fome no Brasil é uma grande mentira. Passa-se mal, não come bem. Aí eu concordo. Agora, passar fome, não”, por fim concluiu: “Você não vê gente, mesmo pobre, pelas ruas com físico esquelético como a gente vê em alguns outros países pelo mundo”.

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Bolsonaro nessa questão, ignorou levantamentos apresentados pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). Segundo o relatório sobre o Estado da Segurança Alimentar e Nutrição no Mundo, apresentado em 2019, foram registrados no biênio 2016-18, mostram que aproximadamente 5.2 milhões de brasileiros passaram ao menos um dia inteiro sem comer ao longo do ano.

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O presidente da República também chamou os governadores do Nordeste de “paraíba”. Disse que Flávio Dino (PCdoB-MA) era o “pior deles”. “Não tem quem ter nada com esse cara”, afirmou ontem sem perceber que o áudio que iniciava o café da manhã com jornalistas internacionais estava já sendo captado. Ele se dirigia ao ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM). Logo na sequência Dino e todos os governadores do Nordeste manifestaram-se com relação ao repúdio da fala do presidente. Uma carta conjunta também foi publicada. Disseram sobre “respeito à Constituição e à democracia” e falaram de “espanto e indignação a declaração do Presidente da República”. Eles cobram esclarecimentos.

Gomes também voltou a criticar a indicação de Eduardo Bolsonaro à embaixada do Brasil nos Estados Unidos. Na última quinta-feira, Bolsonaro em suas tradicionais lives disse que quer privilegiar o filho mesmo. “Lógico que é filho meu, pretendo beneficiar o filho meu sim, pretendo. Se eu puder dar o filé-mingon ao meu filho eu dou”.

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