O governador Ronaldo Caiado classificou de “uma conversa entre dois amigos” o encontro desta quinta-feira (27/3) com o presidente da República, Jair Bolsonaro. Os dois estiveram reunidos durante uma hora no Palácio do Planalto. Caiado saiu animado e disse que sugeriu ao presidente um ponto final na crise política que o governo vive e que, a partir de agora, ele vai conversar com líderes, deputados e senadores em busca das reformas que o País tanto precisa. “Esse ciclo de crises no governo federal acabou”, disse o governador.
Além de buscar o diálogo, Caiado garantiu que o presidente também fará uma agenda pelos estados, que será montada assim que Bolsonaro retornar de viagem a Israel.
Caiado não comentou nenhum caso específico com o presidente, mas ponderou que, se Bolsonaro não teve condições de manter uma agenda com os presidentes e com os líderes partidários, ele vai fazer a partir de agora. “Essa é a disposição dele: pauta com o Congresso Nacional e com população. Vai começar a ter viagens e audiências frequentes com as lideranças”, reafirmou.
O objetivo do encontro não foi dar conselhos. “Foi uma conversa de dois amigos, já que nos conhecemos do Congresso Nacional, vivemos todos os momentos da Casa e somos mais do que nunca respeitadores do Legislativo. Foi um momento em que nós tivemos oportunidade de conversar, trocar informações”, disse.
O governador disse que trataram ainda de situações que todos os governantes estão vivendo. “Falamos das dificuldades administrativas e do meu apoio para que o Governo dê certo, consiga caminhar pelo País e mostre a necessidade de uma interlocução mais aberta e com resultados”, disse.
Para ele, o governo tem grande resultados a mostrar. E citou o leilão da Ferrovia da Norte-Sul, marcado para amanhã, em São Paulo. “Eu sou um goiano que há 35 anos sonha com um trem passando na ferrovia. Esse é um marco na gestão do presidente Bolsonaro. É um momento que todos querem investir no País”, destacou.
Caiado disse ainda que não tem ninguém mais competente do que o presidente, que já foi deputado federal, para resolver uma crise política. “E a disposição dele é essa. Ponto final nas crises e, a partir de agora, conversação direta, viagens, contato com a população e medidas para haver mudanças no País”, disse.
Questionado por jornalistas sobre a disputa entre velha e nova política, Caiado ainda disse que o conceito dessa polaridade quer dizer uma coisa só: “Aquilo que o presidente pregou em sua campanha, o que eu preguei na minha e que o Sérgio Moro (ministro da Justiça e Segurança) pregou é uma referência nacional. Essa é a política que a sociedade deseja. Transparência completa.”