O governo da França anunciou nesta sexta-feira (21), um dia após um atirador matar um policial no centro de Paris, que suas forças de segurança foram completamente mobilizadas para as eleições de domingo (23).
“Nada deve poder impedir o processo democrático fundamental do nosso país”, disse o primeiro-ministro Bernard Cazeneuve após uma reunião de emergência de seu gabinete.
O atentado de quinta-feira (20) contra as forças de segurança da França lançou incertezas sobre a disputa presidencial. As autoridades disseram que as pistas do incidente indicam que se trata de um ato de “natureza terrorista”.
O extremista que matou um policial e feriu outros dois na Champs-Élysées, uma das regiões icônicas da capital, havia sido detido temporariamente em fevereiro por fazer ameaçar à polícia, informou nesta sexta (21) a agência de notícias “Associated Press”.
O atirador foi morto no local. Em seu carro, foram encontrados um rifle e facas. Segundo a agência de notícias Reuters, a polícia deteve três familiares do suspeito após o ataque.
De acordo com a agência de notícias “France Presse”, um texto de defesa da organização terrorista EI (Estado Islâmico) foi encontrado próximo ao corpo do atirador.
O EI reivindicou a autoria do ataque, mas não há confirmação de envolvimento direto da milícia no incidente. A facção foi responsável pelos atentados que deixaram 130 mortos na capital francesa em novembro de 2015.
As autoridades não divulgaram informações oficiais sobre o extremista, mas os meios de comunicação têm se referido a ele como Karim Cheurfi, um cidadão francês de 39 anos com histórico criminal.
Segundo o jornal “Le Figaro”, o suspeito já havia sido condenado em 2005 por três tentativas de homicídio, duas delas contra policiais. Ele teria admitido sua conduta durante os recursos. (Folhapress)