Em decisão definitiva proferida na terça-feira (28/06), o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), reconheceu a nulidade de todos os atos, praticados por autoridades sem competência, da Operação Cash Delivery, inclusive o fracionamento no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

O ministro, na ocasião, também liberou todos o patrimônio dos investigados: o ex-governador Marconi Perillo (PSDB) e o ex-presidente da Agetop Jayme Rincón.

Publicidade

Advogado da defesa, Romero Ferraz Filho, durante entrevista ao Diário de Goiás, voltou a chamar a Cash Delivery de “Lava Jato do Cerrado”.

Publicidade

LEIA TAMBÉM: Defesa de Jayme Rincón classifica Operação Cash Delivery como “Lava-Jato do Cerrado”
LEIA TAMBÉM: Marconi comemora fim da Operação Cash Delivery e diz que foi vítima de uma “farsa”

Publicidade

“O que houve foi uma manipulação, que, assim como aconteceu na Lava Jato de Curitiba, aconteceu aqui na Lava Jato do Cerrado”, afirmou . Segundo ele, havia “alvos pré-definidos” e “manipularam a competência para atingir um objetivo”.

O advogado complementou as críticas a esse tipo de operação. “Perante a mídia, o cidadão estava execrado, mas sem sequer ter um processo que pudesse trazer penalidade para ele.”

Publicidade

“Inverteu o processo. Primeiro se tem uma punição para depois saber se há culpa ou não. É difícil reparar. Ainda existem cenas da prisão, da armação que foi feita. Quem vai reparar todos os atos que foram proferidos e os recursos financeiros que o Estado gastou no processo, que hoje é nulo?”, questionou.

Em relação à decisão proferida por Gilmar Mendes, Romero Ferraz Filho afirmou que ela é um complemento à “anterior, que reconheceu a nulidade de todos os elementos colhidos à época, e dizendo mais, que, em razão da manipulação dolosa da competência, é que se está anulando tudo isso, ou seja, atos foram praticados por autoridades que nunca tiveram competência”.

Publicidade