O prefeito de São Paulo, João Doria, afirmou ter procurado o padrinho político, Geraldo Alckmin, na terça-feira (16) para explicar a declaração que deu em entrevista à agência Bloomberg, de que aceitaria ser candidato do PSDB à Presidência caso fosse escolhido por prévias do partido.
“Eu disse a ele: ‘Governador, oito jornalistas te entrevistando é um time de futebol. Oito contra um’. Ele deu risada. Evidentemente ele sabe o que é isso. Nada abala minha relação com ele.”
O prefeito disse ter tratado a conversa com naturalidade e afirmou que fala com Alckmin várias vezes por dia sobre todo tipo de assunto.
Na saída da cerimônia em que recebeu um prêmio oferecido pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos, na terça (16), o tucano reafirmou que deu a declaração depois de uma série de condicionantes, como ter o apoio de
Alckmin para disputar as prévias e de que falava sobre uma possibilidade no futuro.
A fala de Doria se choca com as pretensões políticas do governador, que trabalha para ser o candidato do PSDB ao Planalto.
Apesar de reafirmar que o padrinho tem seu apoio para se candidatar à Presidência, Doria tem dado declarações que sugerem a possibilidade de entrar na disputa. No início da semana, já havia dito que o ano de 2018 teria de ser discutido em 2018 e que deveria ser candidato aquele que tivesse melhores condições no momento.
Doria e Alckmin estão nos Estados Unidos, onde fazem uma rodada de conversas com o mercado financeiro para tentar atrair investimentos para a cidade e para o Estado.
*O repórter viajou a convite do Lide.
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