Após o período de 25 dias de estiagem, a vazão da área de captação de água da Bacia Hidrográfica do Rio Meia Ponte, entra em nível de atenção. O Rio é o principal fornecedor de água para a Região Metropolitana de Goiânia. A média atual é de 11,5 mil litros por segundos (L/S), o que deve ficar acima de 12 mil, e isso gera preocupação.
O Rio fica a uma alta porção do território, onde está localizada a montante da principal captação para abastecimento público, abriga atividades industriais, agroindustriais, pecuária e uma intensa produção de hortifrutigranjeiros, o que requer um amplo processo de governança das águas.
A previsão de estiagem em Goiás será de mais quatro meses, e o presidente do Comitê da Bacia do Rio Meia Ponte, Fábio Camargo, alerta tanto a população quanto o setor produtivo para o consumo consciente de água.
“Todo ano é a mesma história. É normal em época de estiagem o Rio sofrer com o baixo volume. Então é importante a população e setor produtivo se conscientizar quanto ao uso correto da água para não precisar reduzir em 50% o abastecimento”, frisa.
A Secretaria do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, coordena processos envolvendo diversos colegiados e interessados, como o Comitê de Bacia Hidrográfica do Meia Ponte (CBH-MP), os Conselhos Estaduais de Recursos Hídricos e de Meio Ambiente, usuários da água, instituições de governo, representações da sociedade civil e a população em geral, objetivando a conservação ambiental e a alocação que privilegie os múltiplos usos da água.
De acordo com a pasta, essa é uma dinâmica que envolve toda a sociedade e seus resultados são de curto, médio e longo prazos. A mobilização social, o monitoramento das vazões dos cursos de água na Bacia, a regularização continuada dos diversos usuários, o melhor conhecimento de suas demandas por água e a pactuação de acordos entre os interessados são resultados almejados nesse processo.
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