Políticos apoiadores de Jair Bolsonaro rejeitam a ideia de que o agressor tem problemas psicológicos e pedem investigações rigorosas para apurar “se houve mandante do crime”.
“A história de que o Adelio é maluco não cola”, afirmou o deputado Fernando Francischini, líder do PSL na Câmara, ao deixar o hospital Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora (MG). “Requeri à direção da PF investigar se houve mandante do crime.”
“Esse cara não é um maluco, não é vítima da sociedade, é um cara preparado, um militante político, um demagogo que deve ter sido incentivado por diversos demagogos. A Polícia Federal vai chegar”, disse o senador Magno Malta (PR-ES).
Responsável por ter esfaqueado o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), Adelio Bispo de Oliveira, 40, afirmou que a ação foi feita por motivos pessoais e declarou que o agrediu a mando de Deus, segundo informações da Polícia Militar.
Em depoimento na delegacia, Oliveira afirmou que saiu de casa com uma faca escondida para acompanhar a comitiva, já com a ideia de utilizá-la contra o deputado.
Uma sobrinha de Oliveira afirmou à reportagem que o tio mudou seu comportamento nos últimos três anos. Jussara Ramos disse que ele já havia tido um episódio de surto, falava palavras desconexas e ficava dias preso no quarto.
“Foi um susto. A gente não entendeu o que aconteceu com ele. Ele mudou muito nos últimos anos, não falava coisa com coisa”, disse, por telefone.