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Apoiado por Del Nero, Caboclo é eleito para comandar a CBF

SÉRGIO RANGEL
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Com o aval de Marco Polo del Nero, o paulista Rogério Caboclo, 45, foi eleito na tarde desta terça (17) presidente da CBF. Ele vai comandar a entidade a partir de abril do próximo ano para quatro anos de mandato.

Atual diretor Executivo de Gestão da entidade, ele obteve 135 votos. As federações do Rio e de São Paulo, que não homologaram a chapa, votaram no novo presidente.

Apenas Flamengo (abstenção), Corinthians (branco) e Atlético-PR (ausente) não votaram em Caboclo.

“Da minha parte, prometo muito trabalho. Minha gestão terá dois pilares, que serão eficiência e integridade”, disse Caboclo, no seu discurso.

“Desafios não me assustam. A CBF mudou de patamar nos últimos anos. É uma grande empresa privada agora”, acrescentou.

Caboclo assume o cargo com a missão de limpar a imagem da CBF, abalada com os escândalos de corrupção dos três últimos presidentes (Marco Polo Del nero, José Maria Marin e Ricardo Teixeira).

Na eleição desta terça, ele foi candidato único num pleito definido nos bastidores.

Desconhecido do torcedor, o cartola nunca apresentou publicamente os seus projetos para comandar a CBF.

Rejeitado pelos presidentes de federações até o final do ano, o paulista conseguiu a vitória após receber o apoio formal de Del Nero, afastado da presidência da CBF desde dezembro.

O dirigente é acusado pelo FBI de receber propina na venda de direitos de torneios e deve ser banido pela Fifa até o final do mês.

Sem chance de continuar no comando da CBF, Del Nero apressou o processo para fazer o seu sucessor e conseguiu.

Na gestão atual, Caboclo cuida das finanças da entidade e é o responsável por negar os pleitos por mais verbas dos cartolas.

No seu discurso, ele fez questão de elogiar o seu mentor e desejar “toda sorte aos desafios que enfrenta”.

Para homologar uma chapa na eleição, o candidato precisa ter o apoio de oito federações e cinco clubes.

Ao registrar a sua chapa, ele conseguiu o apoio de 25 das 27 federações e inviabilizou a oposição.

PAULISTA

Nascido em São Paulo, Caboclo é advogado e administrador de empresas.

Ele começou a sua carreira de cartola aos 26 anos, quando passou a integrar, como conselheiro vitalício, o Conselho Deliberativo do São Paulo.

A parceria com Del Nero começou em 2002, quando Caboclo entrou na Federação Paulista de Futebol, onde ocupou o cargo de vice-presidente.

Com o apoio do seu criador, ele foi diretor do Comitê Organizador da Copa de 2014 e entrou na CBF em 2015. Atualmente, ele também é CEO da organização da Copa América 2019, que será disputada no Brasil.

A chapa de Caboclo conta com quatro vices escolhidos por Del Nero (o empresário Fernando Sarney, o deputado federal capixaba Marcus Vicente e o cartola paraense coronel Nunes e o alagoano Gustavo Feijó) e presidentes de quatro federações (o acreano Antonio Aquino Lopes, o Toniquim, o gaúcho Francisco Novelletto, o baiano Ednaldo Rodrigues e o mineiro Castelar Neto).

O técnico Tite está na sede da CBF, mas não participou da eleição. A sessão foi realizada no auditório. Edu Gaspar, coordenador da seleção, assistiu a votação da platéia.

JUSTIÇA

O promotor Rodrigo Terra tentou suspender na Justiça a eleição da CBF, mas não conseguiu.

Ele contesta a mudança do estatuto da entidade, feita em março do ano passado.

Na ocasião, as federações se reuniram numa assembleia e alteraram o colégio eleitoral da CBF, que havia ganho a participação dos 20 Clubes da Série B, além dos 20 da Série A.

Sem consultar os times, as federações criaram o sistema de pesos dos votos. A partida de agora, as federações tem 3 votos cada. Os votos dos clubes da Série

A têm peso 2. Já os times da Série B ficam com apenas um voto cada.

Por essa nova distribuição de votos, as 27 federações permanecem maioria -com 81 votos contra 60 dos clubes.

Agora, Terra tentará anular o pleito.

MAIS POPULARES

Flamengo e Corinthians não votaram em Caboclo. Eles não concordaram com a mudança no colégio eleitoral.

“Não assinamos a chapa, embora não tenha nada pessoal contra o Rogério [Caboclo]. Ele se mostrou um executivo competente”, disse o presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, que não foi na sessão. “A nossa crítica é de como o processo foi conduzido, que com a mudança do estatuto tirou o protagonismo dos clubes proposto pelo Profut”, acrescentou o dirigente carioca. O Flamengo mandou um representante ao pleito, que votou nulo. O Corinthians fez o mesmo.

Diario de Goiás

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