Cidades

Apesar de redução no número de policiais militares, há queda nos indicadores de criminalidade em Goiás

Em apresentação do balanço de indicadores de criminalidade referentes ao ano de 2021, nesta segunda-feira (14), o governador Ronaldo Caiado destacou o índice de queda contínua dos crimes violentos nos últimos três anos. Neste mesmo período, entretanto, houve redução de efetivos da Polícia Militar do Estado de Goiás. 

De acordo com dados apresentados pelo Governo de Goiás, em 2021, os Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) caíram 18,32% em comparação aos números de 2020. A taxa compreende as ocorrências de homicídio doloso (18,4%) e latrocínio (26,1%). Houve queda também nos Crimes Violentos Contra o Patrimônio (CVP), que apresentaram recuo de 25,5% no último ano. Destacam-se as quedas de incidências de roubos em residências (-28,5%), em comércio (-28%), de veículos (-25,5%) e a transeuntes (-25,1%). 

Segundo Caiado, o resultado mostra os efeitos da integração entre as forças policiais, que agem baseadas em inteligência. “Em todas áreas tivemos queda e hoje somos referência nacional, a melhor segurança pública do país”, afirmou. “Isso é em decorrência do apoio do governo a todas as corporações para que possam agir com independência. E o secretário, a cada dia, articula as ações e participa de todas”, reforçou. Houve, ainda, queda de 41,8% no índice de homicídios, redução de latrocínios em 67,6% e 60,15% em resolutividade dos crimes de homicídios. 

De acordo com o Governo de Goiás, o balanço da SSP-GO, apresentado pelo titular da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP-GO), Rodney Miranda, aponta ainda que, em 31 municípios goianos não foi registrado nenhum caso de crime violento. A abrangência é quase o dobro do verificado em 2020, quando 16 cidades não tiveram crimes violentos. Ao longo de 2021, o Estado de Goiás teve 22 dias sem nenhum registro de homicídios e outros 21 sem Crimes Violentos Letais Intencionais.  

Presidente da Associação dos Subtenentes e Sargentos do Estado de Goiás (Assego), Paulo Sérgio de Souza afirma que há, entretanto, uma preocupação com relação à redução no quadro de policiais militares efetivos. De acordo com o representante da entidade, há três anos não são realizados concursos públicos na área. Durante esse período, muitos profissionais concluíram o seu tempo de trabalho.

“Para se ter ideia, há 20 anos, quando tínhamos uma população bem inferior à atual, nós tínhamos um efetivo de aproximadamente 15 mil homens. Hoje nós temos um efetivo inferior a 11 mil”, relatou, em entrevista ao Diário de Goiás. “Nos últimos três anos nós não tivemos o ingresso de nenhum policial militar e nesse período saindo gente, porque vão completando tempo e vão saindo, vão se aposentando”, acrescentou.

A preocupação se dá, de acordo com o presidente da Assego, em razão da sobrecarga aos profissionais em exercício que, segundo ele, pode levar a consequências a médio e longo prazo na vida dessas pessoas. “Acaba que o efetivo existente é sobrecarregado. São seres humanos e estão sujeitos a toda problemática de qualquer outro profissional da sociedade com relação à sobrecarga e estresse. Eles estão carregando uma carga muito além do natural. Então isso gera uma preocupação ainda maior”, frisou. 

“Precisamos urgentemente rever a nossa política de reposição de efetivos das forças de segurança, pois isso pode levar a problemas catastróficos”, salientou o presidente da Assego, com a ressalva de que há, ainda, em tramitação na administração, cerca de 1.500 processos de transferência.

Mel Castro

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