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Cidades
| Em 7 meses atrás

Aparecida investe em solução biológica para combater o mosquito da dengue

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A Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Prefeitura de Aparecida de Goiânia está apostando em uma nova tecnologia para combater o mosquito da dengue. Nesta sexta-feira (17), foram implementadas caixas com solução biológica que promete controlar a proliferação do mosquito transmissor da doença e de outras arboviroses, Aedes Aegypti.

Batizada de Aedes do Bem™, a novidade trata-se de uma solução biológica eficaz que usa mosquitos Aedes Aegypti machos autolimitantes para combaterem a própria espécie, funcionando como um larvicida fêmea-específico e controlando as fêmeas que picam e transmitem doenças. Para isso, a prefeitura adquiriu 12 mil caixas Aedes do Bem™ PRO, que serão instaladas em áreas públicas e outras 54 mil caixas Aedes do Bem™ MINI destinadas aos moradores, a serem colocadas nas residências.

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A Caixa do Bem PRO, voltada para tratar áreas amplas, é reutilizável e será instalada em áreas públicas do município. Já a Caixa do Bem MINI é reciclável e será doada para moradores para complementar as ações de controle do mosquito. A instalação das caixas Aedes do Bem™ PRO teve início nesta sexta (17), por agentes de endemias da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

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A Secretaria de Meio Ambiente elucida que a Aedes do Bem™ age especificamente no controle do Aedes Aegypti e não afeta outras espécies de insetos benéficos ao meio ambiente, como abelhas, borboletas e joaninhas. Além disso, a solução não causa nenhum dano às pessoas e aos animais; não é tóxica e nem alergênica; não se concentra ao longo da cadeia alimentar e não causa efeitos adversos quando consumida por outros animais.

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O prefeito de Aparecida, Vilmar Mariano, destaca que a iniciativa é um adicional ao combate à dengue, mas ressaltou que é importante que os aparecidenses continuem atuando na causa. “Essa é uma tecnologia que vem para cooperar com os trabalhos dos agentes de endemias da Secretaria de Saúde e proteger a vida das pessoas. Claro que o morador consciente não deixará de fazer a sua parte no cuidado com o seu quintal. É importante que todos façam a sua parte e contribuam com medidas de prevenção. A Caixa do Bem é mais uma solução estratégica para controlar a espécie e reduzir índices alarmantes de doenças transmitidas pelo mosquito”, afirmou.

Como funciona

A Caixa do Bem, desenvolvida pela multinacional de biotecnologia Oxitec, fundada na Universidade de Oxford, na Inglaterra e presente no Brasil desde 2011, está em comercialização desde 2021. A solução foi aprovada pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) em 2020, após 3 anos de projeto-piloto no município de Indaiatuba, em São Paulo.

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Durante quatro meses, as caixas desempenharão um papel ativo na redução da população de mosquitos transmissores, contribuindo significativamente para a proteção da saúde pública em todo o município. A bióloga Luciana Medeiros, representante da Oxitec, explicou como funciona o processo. “Assim que os machos atingem a fase adulta, em cerca de 10 a 14 dias, voam das caixas para o ambiente urbano, procurando ativamente e acasalando com as fêmeas do Aedes aegypti. Ao serem ativados com água limpa, os ovos eclodem e os mosquitos machos se desenvolvem no interior da Caixa do Bem”, descreve.

A bióloga acrescenta que o resultado é a redução do número de mosquitos fêmeas. “Deste cruzamento, apenas os descendentes machos chegam à fase adulta. O resultado é a queda do número de fêmeas transmissoras de doenças, e, consequentemente, o controle populacional direcionado do Aedes aegypti na área”, destaca.

Os bairros que receberão as caixas Aedes do Bem™ PRO são: Setor Buriti Sereno, Setor Santa Luzia, Jardim Olímpico, Independência Mansões, Jardim Tiradentes, Setor Garavelo I, Setor Expansul, Setor Colina Azul, Bairro Independência e Setor Serra Dourada I. Ao longo do tratamento de 4 meses, 12 mil caixas Aedes do Bem™ PRO serão instaladas em bairros da cidade e outras 54 mil caixas Aedes do Bem™ MINI serão distribuídas aos moradores durante eventos na cidade.

Cada solução protege uma área de 5 mil metros quadrados ao seu redor. Isso significa que, mesmo que um morador não tenha uma caixa em seu quintal, ele estará protegido pela ampla área coberta pelas caixas instaladas nos arredores.

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Luana Cardoso

Atualmente atua como repórter de cidades, política e cultura. Editora da coluna Crônicas do Diário. Jornalista formada pela FIC/UFG, Bióloga graduada pelo ICB/UFG, escritora, cronista e curiosa. Estagiou no Diário de Goiás de 2022 a 2024.