O número de casos de dengue registrados até agora em Aparecida de Goiânia reduziu pouco mais de 82% em comparação ao mesmo período de 2013. Nas duas primeiras semanas deste mês de janeiro, foram notificados 198 casos contra 1.109 registrados no mesmo período do ano passado. A informação foi divulgada pelo coordenador de Vigilância em Saúde Ambiental do município, Iron Pereira, durante reunião do Comitê Municipal de Mobilização Contra a Dengue de Aparecida de Goiânia realizada nesta terça-feira, 14, na sede da coordenadoria, e são resultantes do último Levantamento de Índices Rápidos (LIRA).
“O índice de infestação destes primeiros dias do ano também passou dos 2,6% registrados em 2013 para 1,4% neste ano. Uma redução de mais de 50%. O objetivo do comitê agora é intensificar as ações de orientação e combate para reduzir ainda mais esses números”, explicou Iron, lembrando que o índice ainda está acima do preconizado pelo Ministério da Saúde, que é de 1%. “A população precisa entender que o combate à dengue não é uma responsabilidade só do poder público e colaborar. Fazer a limpeza dos lotes é algo simples e ajuda significativamente, já que a maioria dos criadouros se concentram nas residências e nos lixos domiciliares”, reiterou.
Segundo Iron, o ano de 2013 foi considerado um ano epidêmico, com 14.682 notificações de dengue e 13.767 confirmações da doença. As ações traçadas pelo comitê devem evitar que o fenômeno se repita. “Mesmo com toda essa redução, a situação ainda preocupa e precisamos estar em estado permanente de alerta, principalmente nos bairros com maior índice de infestação ”, ponderou.
No topo da lista de 2014, seguem os bairros Rosa dos Ventos (3,2%) e o Jardim Alto Paraíso (3,3%). Eles apresentam índices bem menores que os líderes de infestação registrados nos primeiros 15 dias de janeiro de 2013 – Buriti Sereno (4,9%) e o Garavelo (4,6%) – mas muito acima do recomendado pelo Ministério da Saúde. Em função disso, serão os primeiros a receber as ações integradas do Comitê, juntamente com o Jardim Tiradentes. Todos são bairros populosos, com grande número de residências e comércios, como o Garavelo, que possui 10 mil imóveis, e, portanto exigem uma vigilância ainda maior.
As ações de combate e orientação realizadas pelo comitê são basicamente as mesmas desenvolvidas durante todo o ano no município e vão desde a divulgação de panfletos educativos, visitas domiciliares, combates com fumacê, a ações integradas de limpeza. Ao todo, 190 agentes de saúde realizam o trabalho em campo, mas o comitê também é composto por representantes de todas as secretarias da administração municipal e membros da sociedade civil como associações de bairros, comerciantes e os próprios moradores, que também se transformam em agentes de combate e auxiliam na redução do número de locais infestados, reforçando a política de saúde ambiental realizada no município.
Disque Dengue reforça fiscalização
“Além de fazer seu papel cuidando de seus quintais, a população também pode auxiliar o nosso trabalho denunciando casos de imóveis com suspeita de focos do mosquito Aedes Aegypti pelo Disque Dengue: 0800 646 2500”, informou o coordenador de Vigilância em Saúde Ambiental, Iron Pereira. Pelo telefone, o morador pode também tirar dúvidas e solicitar a visita das equipes do Núcleo de Controle de Vetores da SMS.
Nos casos de lotes e imóveis que apresentam focos e cujos proprietários não tomam as medidas recomendadas pela Secretaria Municipal de Saúde, a Vigilância pode ainda realizar intimações, notificações e autuações, previstas na legislação municipal, com multas variantes entre R$ 400,00 a pouco mais de R$ 800,00.