Publicidade
Política
| Em 2 horas atrás

Ao substituir investigados, Rogério Cruz faz desabafo sobre estar discreto no cargo

Compartilhar

O prefeito Rogério Cruz (Solidariedade) concedeu uma entrevista coletiva no meio do dia para anunciar a substituição dos três servidores da Saúde presos nesta quarta-feira (27) em operação do Ministério Público de Goiás (MP-GO). Aparentando abatimento, Cruz reagiu dizendo que não jogou a “toalha” ao citar notícias de que ele tem evitado entrevistas e que não estaria despachando normalmente no final do seu mandato. Ele não foi reeleito e será substituído em janeiro por Sandro Mabel (UB).

O prefeito falou mais sobre as críticas a seu respeito do que sobre o escândalo revelado na delicada área da saúde municipal. Sobre isso, se limitou a anunciar a nomeação da cirurgiã-dentista Cynara Mathias Costa como secretária de Saúde, Cássia Spirandelli para secretária executiva e Bruno Costa para diretor-financeiro. Eles vão substituir respectivamente Wilson Pollara,  Quesede Ayres Henrique e Bruno Vianna Primo, que foram presos e afastados por decisão judicial requerida pelo MP-GO.

Publicidade

Decreto impedia pagar fora da ordem cronológica, afirma prefeito

Rogério Cruz citou apenas que desde fevereiro de 2024 existe o decreto 580, que determina que todos os pagamentos sejam feitos por ordem cronológica. Ele se referia à acusação do MP-GO de que houve manobra na secretaria para burlar a ordem dos pagamentos em benefício de pessoas que seriam favorecidas junto com os servidores afastados. 

Publicidade

“Agora, cada secretaria tem a sua prioridade, claro, mas tem a sua justificativa também para poder fazer os seus pagamentos”, destacou o prefeito Rogério Cruz. “Estaremos nomeando essas pessoas para que possam acompanhar todo o processo e também dar sequência a todo o trabalho que nós já vínhamos fazendo aqui na prefeitura”, afirmou.

Publicidade

Rogério Cruz diz que não está “sumido”

Em seguida, “aproveitando a oportunidade”, ele passou a rebater críticas de que está ausente. “Algumas pessoas da imprensa dizem que eu estou sumido. Eu estou todos os dias no Paço Municipal. Após a campanha, claro, [estou] preparando a prefeitura para ser bem avaliada e bem entregue ao próximo gestor, que é o Sandro Mabel. Mas não estou afastado da prefeitura, como muitos estão pensando, que estou sumido da prefeitura, estou na prefeitura todos os dias”, disse aos jornalistas. 

Aparentando mágoa com esse comentário, o Rogério Cruz enfatizou que tem compromisso com a cidade até o dia 31 de dezembro de 2024. “Até lá estaremos trabalhando em conjunto para trazer soluções a todos os demais problemas que ainda temos para resolver”, afiançou.

Publicidade

“Não joguei a toalha”

Ele prosseguiu afirmando que “Goiânia é uma cidade muito ampla”, e que em sua visão tem  problemas pontuais, mas que sua gestão vem buscando soluções há muito tempo e encontrando algumas. “Portanto, continuo trabalhando, continuo ativo na prefeitura de Goiânia. Outros dizem que eu joguei a toalha. Não joguei a toalha. Não sou de jogar a toalha. Eu sou uma pessoa muito determinada. Para quem viveu num país de guerra por 16 anos [como missionário evangélico] e dizer que o trabalho não é nada, eu trabalho e gosto de trabalhar, eu não me furto ao trabalho. Então, para a imprensa que gosta de dizer por aí que eu estou sumido, afastado, não, eu estou trabalhando. Todos os dias estou aqui no gabinete juntamente com os secretários da prefeitura tratando assuntos justamente ajudando a equipe de transmissão do Sandro Mabel”, respondeu.

Sobre ausência na equipe de transição

Além disso, acrescentou que não participa das reuniões do grupo de transição porque não é obrigado a participar. “Isso é uma reunião técnica e quem participa são os técnicos que vão passar todos os assuntos que são solicitados pelo representante técnico do prefeito eleito. Então, quero deixar isso bem claro para vocês e dizer que estou sempre à disposição, aqui no Paço, trabalhando com os nossos secretários. E, por fim, continuamos a trabalhar tecnicamente com o governo do estado também tratando o assunto da saúde, que a saúde não se trata apenas de Goiânia”, afirmou.

Publicidade
Marília Assunção

Jornalista formada pela Universidade Federal de Goiás. Também formada em História pela Universidade Católica de Goiás e pós-graduada em Regulação Econômica de Mercados pela Universidade de Brasília. Repórter de diferentes áreas para os jornais O Popular e Estadão (correspondente). Prêmios de jornalismo: duas edições do Crea/GO, Embratel e Esso em categoria nacional.