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Ao elencar propostas para a saúde, Mabel denuncia fila com 120 mil pessoas na espera de exame em Goiânia

Por 2 horas atrás

A Rádio Bandeirantes realizou, nesta terça-feira (10), em parceria com o Diário de Goiás, sabatina com o candidato à Prefeitura de Goiânia pela base governista, Sandro Mabel (UB). Dentre outros assuntos, o político apontou, ao editor-chefe deste veículo, o jornalista Altair Tavares, e ao apresentador Fred Rodrigues, suas propostas para a área da saúde, na capital.

O candidato apontou três principais prioridades, que envolvem a ampliação de unidades de saúde e atendimento, sobretudo pediátrico, com funcionamento 24 horas, além da redução da fila de espera para a realização de exames. Segundo Mabel, somente para o procedimento de ultrassonografia, há 120 mil pessoas no aguardo.

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Confira, abaixo, a entrevista em sua íntegra:

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Fred Silveira: Eu vou começar essa rodada, eu quero começar inclusive com a participação dos ouvintes, André, porque ontem tinha tanta gente, eu gosto muito de dar essa oportunidade para o eleitor, porque é o eleitor que está na rua, é o eleitor que conhece, e a nossa primeira participação é do Jota, que está conosco, ele vai fazer, então, a primeira pergunta desta rodada para o candidato.

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Pergunta do ouvinte (Jota): Queria fazer uma pergunta para o Sandro Mabel a respeito de, se ele for eleito, o que ele pretende fazer, aliado com o governador, sobre a rede de esgoto. Fala para ele que aqui no Residencial Monte Carlo, acima do Rio Formoso, há 30 anos nós estamos sem rede de esgoto. O único setor que tem que erro é o norte, com a população mais ou menos disso, mais de 5 mil moradores.

Sandro Mabel: Jota, bom dia, obrigado pela sua pergunta. Vamos sim. Para você ter uma ideia, a Saneago tem 182 pedidos de autorização da prefeitura, que a prefeitura precisa dar para poder passar as redes de esgoto. 182 projetos, isso inclui o Recanto das Minas Gerais, inclui um monte de bairros importantes e também inclui o Monte Carlo. Eu já fiz um acordo com a Saneago. Imediatamente, entrando na prefeitura, no dia 1º, imediatamente nós vamos criar um grupo de trabalho específico para liberar essas 182 autorizações que a prefeitura precisa para tocar suas redes de esgoto. Eu vou cuidar disso aí pessoalmente. Esse grupo não vai estar subordinado a ninguém, não. Vai estar subordinado a mim diretamente, que tem o dinheiro, tem os projetos, está faltando autorização da prefeitura para fazer isso aí. É uma coisa inconcebível para as pessoas ficarem sem esgoto por causa disso. Então, dentro da minha visão de andar rápido com as coisas, vou criar esse grupo temporário e depois vou reduzir ele para as autorizações normais, mas nós iremos dar essas 182 autorizações a Jato, a la Sandro Mabel.

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Altair Tavares: E a Saneago é concessionária da prefeitura. Ela tem que obedecer.

Sandro Mabel: Exatamente. Ela não tem uma reclamação grande. A Saneago nos pediu isso. Nós estivemos lá com a diretoria da Saneago, que a diretoria da Saneago pediu e falou, olha, você sendo prefeito, põe nossas autorizações para andar. Tem autorização que tem um ano, dois anos lá esperando. Tem o financiamento, tem o dinheiro. Dois anos esperando. Esperando uma autorização.

Altair Tavares: Dois anos esperando? Interessada num serviço auto rístico?

Sandro Mabel: É, é, desse jeitinho. Como? São 182. Se eu não fosse demorar tanto tempo, não tinha acumulado isso tudo. A verdade é a seguinte, se tem um problema, tem outro, o que for, não interessa pra mim. O que interessa pra mim é a solução. Então, é igual a questão dos lotes, de nós fazermos aí a regularização dos lotes. Tem 40 mil lotes para ser regularizados. Isso aí fica enrolando. Eu pus uma meta pra mim, antes de começar. Coloquei uma meta, que a equipe que vai trabalhar nisso aí, nós vamos entregar mil escrituras por mês. Mil escrituras por mês. Quantas pessoas precisam, só que quem tá esperando, tem 34 anos, 40 anos que o cara espera uma escritura, no setor universitário, não tô falando pra você que é lá no fim do mundo, não. Mas os do fim do mundo vão receber também as escrituras deles. Agora, nós não vamos permitir mais invasões. Não vai ter mais invasões. Mas vamos entregar mil escrituras por mês.

Fred Silveira: Candidato, Goiânia hoje aponta como a 15ª mais importante economia em todo o país, que movimenta muito dinheiro. E quando se fala de economia, se fala principalmente de uma economia saudável. Eu quero debater com o senhor agora com relação ao centro de Goiânia, que tanto se propôs uma revitalização, que tanto se falou em reaviver esse centro da capital. Todos os dias eu estou no centro, fazendo reportagens, acompanhando, e ontem eu fui abordado por 15 empresários da região central. E a primeira pergunta que eles me fizeram, me pediram para trazer para o senhor é, o que pode ser feito, de fato, que saia do papel, para que o centro de Goiânia volte a ser atrativo? Hoje nós temos diversas lojas fechadas, o comércio no centro de Goiânia morreu, mesmo a gente sabendo que os comércios dos pequenos bairros cresceram bastante, mas o centro não pode esquecer. Qual é a sua proposta para a região central da capital?

Sandro Mabel: Fred, o centro tem uma série de problemas que precisam ser resolvidos. O primeiro problema é que precisamos voltar habitantes para o centro da cidade. Já morou 25 mil pessoas no centro, hoje tem 9 mil. Com 9 mil pessoas, hoje, a tendência de todos os municípios do urbanismo moderno é que vai se criando centros comerciais em cada bairro. Ninguém vai sair lá do noroeste para vir ao centro para comprar. Vai comprar lá na Mangalô, vai comprar lá na Vida do Povo, vai comprar lá para aquele lado. Então, esse é um problema. Nós temos que ter pessoas que habitam no centro. O centro é um bairro. Nós temos que entender que o centro da cidade não é mais aquele centro pujante que todos saíam do bairro, que não tinha estrutura nos bairros e vinham comprar no centro. O centro é um bairro. E, como tal, ele é um bairro muito bem localizado. Ele tem todos os entroncamentos de ônibus, de tudo está no centro. Ele tem a melhor infraestrutura de informática, de fibra, de tudo. Então, o que nós temos que fazer? Nós temos que fazer um retrofit daqueles prédios. Vamos retrofitar esses prédios para que nós possamos vender os prédios, estimular novos lançamentos no centro de outros prédios também no centro. Não é só um centro que vai ser comercial. Ele é um centro que tem que morar pessoas ali também, além do comercial. Agora, para essa área que vai desde o Jockey Club, nós vamos comprar o Jockey Club. O Jockey Club tem uma dívida muito grande com a prefeitura, nós vamos comprar o Jockey Club, vamos fazer um equipamento de lazer, de cultura muito grande lá. E nós vamos vir ali, através da Rua 3, da Rua 4, fazer calçadões importantes nesses lugares, junto com a Avenida Anhanguera, e vamos fazer uma revitalização onde vai se criar restaurantes, criar uma série de coisas que vão dar uma atividade maior pro centro também à noite.

Isso aí vai descer pela Goiás e vai lá pra Praça do Trabalhador, onde nós teremos a feira hippie no final de semana, e entrar na 44, que é onde nós vamos fazer uma grande revitalização na 44 também. Então, o centro vai ter integrado um sistema de economia em que as pessoas vão vir para um turismo também, então nós vamos fazer, por exemplo, na estação ferroviária, fazer um vagão ou dois vagões de restaurante. Vamos fazer uma série de coisas, fazer aquela retirada de muitas fachadas pra nós fazermos a exposição do Art Deco, que tem embaixo delas, uma revitalização disso, fazer um centro, o segundo centro Art Deco, mais famoso do mundo.

Altair Tavares: Por que a limpeza das fachadas fracassou?

Sandro Mabel: Porque falta uma coisa que chama coragem.

Altair Tavares:  Tem uma lei, né? Tem a lei da limpeza das fachadas.

Sandro Mabel: Isso. Então nós precisamos pegar o comerciante, conversar pra ele, conscientizar ele que aquilo ali, aquela fachada dele não vai melhorar o comércio dele, ao contrário, está destruindo porque as pessoas não estão indo pra lá. Nós temos que criar ali um grande centro, aquilo ali vai ser um grande shopping ao ar livre. Como em Paris tem ruas importantes que são ao ar livre, nós vamos fazer esse centro virar um grande shopping ao ar livre. Onde você tem segurança melhor, você tem habitante, porque se você não tem habitante, o povo toma. E uma coisa que não vai ter mais no centro, não vai ter em Goiânia, em lugar nenhum, porque é o seguinte, eu, quando vi minhas funcionárias lá da Mabel morar de barra de barraca de lona, que na chuva molhava os meninos delas, eu construí um conjunto de casas, 212 casas, construí esse conjunto. Eu acho indigno alguém morar na rua. Não tem cabimento aquela pessoa morar na rua. Então quero dizer pra você o seguinte, nós vamos tratar caso a caso. São 3.600 casos. Mas em Goiânia não vai ter mais moradores de rua. Não vai ter morador de rua em Goiânia. Se ele precisar de um tratamento, nós vamos dar o tratamento. Se ele precisar de um abrigo, nós vamos construir o abrigo, nós vamos arrumar. Agora, morador de rua em Goiânia não vai ter mais. Nem no centro, nem em Campinas. Você pega aquela praça de Joaquim Lúcio e fala ah, é um horror o que aquilo virou. Os habitantes vão num parque, tem esse morador de rua que espanta um, espanta outro, mas não é por isso, é pela indignidade. Eu fico indignado de ver uma pessoa, um ser humano morar na rua. Então essa realidade não cabe no meu coração. Eu vou tirar esses moradores da rua e vamos abrigar e tratar de todos eles.

Altair Tavares: Existindo essa questão do prédio, a pessoa fez uma explanação em geral sobre a sua perspectiva do centro. É importante ter um projeto em andamento, uma Câmara, a Prefeitura de Goiânia, um setor empresarial. Mas o centro da pergunta do prédio é segurança. Por que a gente se sente seguro em outros lugares da cidade, mas menos no centro? Ou seja, o Estado está falhando na segurança do centro?

Sandro Mabel: Está, está falhando. O município está falhando na segurança do centro também, o Estado, o município. Sim, mas porque as pessoas não têm coragem de mexer com o morador de rua, mexer com essas coisas. O pessoal acha que morador de rua é uma coisa normal, aquela pessoa é indigna de morar na rua, coitada. Ela não sabe o que é enfrentar, isso de frente, o meu coração não permite deixar. Então, por isso, ninguém quer mexer com esses problemas. Quando o Caiado falou pra mim: ‘eu preciso de um gestor bom, um cara que tenha experiência política e tenha coragem’. Eu tenho esses três requisitos. Eu tenho coragem e nós vamos fazer. Você vai ver como nós vamos revitalizar. Porque eu não posso também fazer uma revitalização do centro e deixar do jeito que ele está. Então, segurança não é só lá, não.Na feira, na 44, nós vamos colocar segurança, tem fiscalização que tem que entrar, tem uma série de coisas que você não ordena, se afasta das pessoas. Vê se alguém quer ir passear no centro. Ninguém quer, não tem o que fazer no centro. Você corre o risco de tomar um assalto aí, entende?

Fred Silveira: E o que o candidato está trazendo é um número muito importante, porque o que acontece? Ontem mesmo nós fizemos um levantamento disso, são quase 4 mil pessoas em situação de rua, hoje, só aqui na capital, quase 7 mil no estado, e ainda, candidato, de tantas promessas que nós já ouvimos, infelizmente não há ainda nenhum cadastro dessas pessoas, não existe um cadastramento dessas pessoas que estão aí em situação de rua hoje. A Prefeitura de Goiânia não sabe, de fato, quem são essas pessoas, quem tem ali uma passagem pela polícia, quem não tem, de onde veio, para onde vai, se essa pessoa tem uma casa, tem uma família, e como fazer isso.

Altair Tavares: Quais as três prioridades do seu projeto se eleito para a área de saúde ?

Sandro Mabel: O serviço pediátrico, 24 horas, em todos os cais e todas as Upas. 24 horas o serviço pediátrico vai ser aberto, 24 horas, em todos os cais e todas as Upas. O médico, não é só abrir, é por médico, é por remédio, por exame, por isso para funcionar. Número dois que vai ser feito: nós vamos fazer seis centros clínicos, centros de análise clínica, vamos fazer seis. Então, nós temos 120 mil ultrassons na fila esperando para ser feito, 120 mil. Então, nós vamos fazer em cada região um centro diagnóstico desse. Isso daí vai dar uma acelerada grande.

Fred Silveira: 120 mil?

Sandro Mabel: Então, na prática, se você for ver, nesse 120 mil, tem o mesmo paciente pedido por um médico, outro médico, outro médico. Exames acumulados. Por que tem exame acumulado? Porque nós não temos um cadastro único, não temos um prontuário único. Então, você vai ao médico hoje, ele te pede um ultrassom. Você não consegue fazer o ultrassom, mas você está doente, você vai no outro médico. O outro médico te pede o ultrassom também, porque ele precisa daquele ultrassom. Agora, às vezes, você faz o ultrassom no médico, e quando você vai no outro, ele te pede outro ultrassom. Porque você não tem esse prontuário único. Então, nós temos que integrar isso aí com o Estado, inclusive. Eu tenho conversado com o secretário de saúde do Estado. Nós temos que integrar isso, nós temos que ser objetivos nisso. Porque custa. Para fazer exames, custa. E custa o tempo da pessoa também. Dentro dos exames, outra coisa é a seguinte. Quando sai um exame, às vezes o cara mora lá na Vila Pedrosa e sai no Jardim América pra ele. Não tem cabimento, você tem que georreferenciar isso aí, é por isso que esse centro de diagnóstico não tá espalhado. E nós vamos colocar o mais perto que a pessoa mora, nós vamos colocar. Não é onde tem uma vaga, tem que trocar uma vaga. Porque eu pego um cara do Jardim América e posso ter pra fazer lá no outro lugar. Mas isso é possível? Sim, lógico que é possível. Hoje com a informática, com tudo, é impossível você acreditar que isso não existe, entende? Agora, é onde vem a gestão. É onde vêm experiência de gestão. Isso aí nós vamos reduzir custos dentro do município. Agora, nesses seis centros de diagnóstico, nós vamos colocar rapidinho. Socorro.

Altair Tavares: Socorro de prioridade para criança, atendimento, exames e a terceira?

Sandro Mabel: Isso. A terceira é a reforma que nós precisamos fazer numa série de UBSs aí e ampliação dos programas de família. Nós temos alguns pontos que nós temos coberturas grandes de família, mas por exemplo, na região Noroeste nós não temos uma cobertura boa de programa. Nós vamos colocar mais trinta equipes de médicos de saúde da família, entende? Então isso daí são coisas que você faz com que a doença não chegue no posto, não chegue no CAIS, você trata o paciente visitando ele. Então o médico que vai na casa das pessoas, ele não pode ser um encaminhador, ele não pode ser a porta de entrada não, ele tem que ser a porta de resolução. Ele tem que resolver o problema ali onde ele está. Que normalmente são problemas simples, que não precisa mandar para unidade de saúde, ele tem que resolver ali, agora se tiver que encaminhar, logicamente já encaminha, já encaminha com o pedido de exame, já tem o prontuário daquela pessoa, o prontuário eletrônico unificado, isso vai demorar uns dois anos pra você conseguir implantar, mas nós vamos implantar.

Pergunta do ouvinte (Geraldo): Bom dia. Bom dia! Eu gostaria de fazer uma pergunta ao excelentíssimo senhor Sandro Mabel. Senhor candidato, eu gostaria de saber se o senhor tem a intenção de voltar com o projeto das aulas de iniciação esportiva na comunidade.

Esse foco que a Prefeitura tem hoje, que coloca o escolinha no Balneário, outra no Finsocial, a locomoção de crianças não pode estar longe de casa. Todo bairro tem sua classe esportiva, tem um campo de futebol, tem uma classe de vôlei, tem empresa de cooper. Onde pode se encontrar os professores recém-formados da nossa capital?

Escolinhas esportivas. E hoje já perto, está na aula como era feito o projeto das aulas.

Sandro Mabel: Geraldo, obrigado pela pergunta, tenho sim. Eu sou esportista desde criança. Eu já joguei muito terrão, o tal da futebol de várzea que o pessoal chama. Futebol. Eu vejo muitas oportunidades e muitos jovens. Nós vamos fazer duas coisas aí. Nós vamos levar isso daí. Eu quero levar… Você viu que eu quero levar o emprego pra perto de onde a pessoa mora? Eu vou levar o emprego. Mas eu quero levar o esporte pra perto de onde ele mora também. Eu quero levar mais do que isso. Quando nós fomos transformando as escolas municipais, são 154, nós temos 25 com ensino integral, nós transformamos ela em ensino integral, e dentro das escolas nós vamos ter essa atividade de educação física também, de esporte, da própria escola. Cada vez mais a criança tem que estar perto da onde ela tá morando pra fazer isso. E o ideal seria fazer na escola. Mas esses centros de educação esportiva, o centro de lazer esportivo, esses campos, você vê muitos deles largados por aí. Então você tem que pegar uma associação ali e encarregar ela: ‘você vai tomar conta desses refletores, desses vestiários aqui’. É fazer vestiário pra todo lado. Porque também fica aquilo ali, homem trocando calção no meio da rua, tem casa perto, é um negócio que é ruim. Então tem que ficar trocando dentro de carro. Então, nós vamos fazer um trabalho grande. Eu sou esportista e eu vou dar um apoio muito grande nessa parte do esporte. Isso aí eu vou fazer junto com o Estado. Eu tive aí com o nosso secretário Guerra, nós vamos fazer um convênio grande aqui dentro de Goiânia pra ter recursos pra nós fazermos essas escolinhas em todos os bairros. Não adianta você fazer uma escolinha que o menino tem que andar, sei lá, 10 quilômetros pra chegar lá. Não tem isso. Não tem. A mãe não deixa. O menino, às vezes, é pequeno, não vai praticar. Nós vamos trazer cada vez mais perto da casa do pessoal. Mas pode contar com isso daí, Geraldo.

Fred Silveira: Olha, a Ludmila tá dizendo o seguinte. Bom dia, Fred, Altair. Bom dia também ao candidato. Olha, tô tentando agora fazer uma ligação na prefeitura sobre o uso do solo. Simplesmente não atende. Chama até cair. Ela disse que essa reclamação não é dela, mas de todos os contadores. Diz que a classe tem sofrido muito nesse atendimento. A gente chega no Paço Municipal e é uma bagunça, um atendimento péssimo. 

Fred Silveira: A gente vê que hoje as motos são a realidade que a administração pública não pode fechar os olhos. Algo tem que ser pensado. Eu tô vendo muitos candidatos falarem em criar vias específicas pra moto, outros candidatos que dão 10 centímetros um do lado, 10 do outro. O que é que deve ser feito hoje pra que a gente possa ter um trânsito mais harmônico de forma geral, não só pensando em moto, mas no transporte público, nos veículos, de forma geral?

Sandro Mabel: Então vamos lá, vamos pra essa polêmica da moto. Nós criamos esse programa de passar todas as motos a partir do dia 2 de janeiro, elas vão poder circular nas linhas de ônibus. Nós conversamos com o pessoal dos ônibus, foi uma coisa que eu aprendi lá na Finlândia, na Nokia, que eles explicaram que para você aumentar a velocidade do trânsito com essa quantidade de carro e moto que tem em Goiânia, você aumentar a velocidade do trânsito de 12 a 20%, se você tirasse as motos, você aumentaria a velocidade do trânsito, mas não tem como tirar as motos. Então o que que são? Nos corredores principais, que são onde você tem as linhas de ônibus, são as artérias de escoamento do tráfego em Goiânia, o que que nós temos que fazer? Nós vamos pegar todas as motos, eu sou motociclista, eu entendo. Eu vi aí o candidato Fred falando que a proposta dele de criar vias, você vê que São Paulo que é São Paulo, criou uma, um pedaço da 23 de maio, e criou em mais um ou dois lugares. Isso daí não tem jeito, as caixas em Goiânia, a caixa em Goiânia, a caixa da rua com a faixa de ônibus, com a faixa exclusiva de ônibus, não cabe dois carros, quase não cabe dois carros. Você não tem como colocar uma moto ali no meio, isso vai provocar muitos acidentes, o trânsito vai ficar mais embolado ainda. Então nós temos uma ociosidade nas linhas de ônibus, uma ociosidade nos corredores de ônibus. A moto não conflita com o ônibus. A moto vem atrás do ônibus, o ônibus tá na frente dela, a hora que ele encosta pra pegar o passageiro, ela passa porque ela é estreitinha, o carro não passaria.

Então nós vamos colocar carro e essas coisas na faixa de ônibus, que o ônibus tem que andar cada vez mais. Mas a moto vai, agora ele quer inventar uma coisa, ele não entende de moto, ele tá prejudicando não só o motociclista, que somos nós que andamos de moto, não dando a condição de nós andarmos mais seguro nas linhas de ônibus, mas ele tá prejudicando todos que dirigem automóveis, eu queria falar pra vocês, todos que dirigem automóveis. O Sandro Mabel quer colocar a moto nos corredores de ônibus pra aliviar o trânsito, onde você anda, onde os carros andam, vai aumentar 20% a velocidade dos carros, não parece, mas na simulação que eles põem no computador você vê claramente isso. Aí chega o outro aí, o Vanderlan vem e fala que nós estamos criando um crime, aumentaram os acidentes, conversa, não entende também, aliás, ele entende de ser senador, que é onde ele deveria ficar, porque eu votei nele e não aceito ele querer rasgar meu voto e jogar no lixo pra vir ser prefeito aqui em Goiânia. Mas, já que ele quer ser prefeito, senador, a mulher quer ser senadora, a mulher é primeira suplente de senador, quer dizer, tudo é pra família, vamos lá, vamos responder ele. A faixa de ônibus, Vanderlan, é o lugar mais seguro que o motociclista pode andar, você não conhece porque você não anda de moto, você não entende disso, pergunta pros pessoas de moto, faz uma enquete pro motociclista, o que ele acha, se é bom ou ruim andar nas faixas de ônibus, é 100%, vai te falar que é bom. Então, nós vamos fazer esse trabalho, sim, porque eu vou já aliviar o trânsito, vou fazer o trânsito rodar nos 100 primeiros dias, vou fazer o trânsito rodar 30% mais rápido, isso é um desafio, ônibus hoje roda 11km por hora, vai rodar 14, 15, carro roda 14km por hora, para passar a rodar aí a 19, então é uma, sei lá, sua viagem vai demorar um terço a menos do tempo. Para isso, precisa tomar essas providências, como a segunda providência na linha de, na questão do trânsito, nós vamos permitir você fazer a conversão à direita com o sinal fechado. Isso tá no mundo inteiro e tá no Brasil, a lei foi aprovada em 2021, tem cidades que praticam, Goiânia não pratica e vai praticar, porque a conversão à direita permite, você olha, não vem vim no carro da sua esquerda, não tem pessoas na faixa, com cuidado o motorista entra e faz a conversão à direita, não é só pra moto, é pra moto, é pra carro, é pra todo mundo. Aí quando ele faz a conversão à direita, ele pega o próximo sinal aberto.

Altair Tavares: Para uma resposta rápida, então, para uma questão simples: o senhor romperia os grandes contrastes da prefeitura, o do lixo com a limpa gin, a contratação dos médicos, que é de milhões de reais, ainda sob análise do TCM. O que o senhor faria com esses grandes contratos e contratos que não conseguiram ser feitos, ainda com a contratação da sinalização controlada em Goiânia?

Sandro Mabel: Olha, é o seguinte, eu já te falei que eu tenho três características para ser prefeito de Goiânia. Eu conheço de administrar, tenho 52 anos de experiência de administração. Eu conheço de política, eu tive 20 anos de mandato e mais um monte de lugares que eu ocupei de política. Eu tenho coragem. Se o contrato desta Limpa Gyn for ruim, eu tiro ele no outro dia. Você não pode tirar no outro dia, porque você tem que arrumar uma alternativa. Mas agora, eu não tenho nenhuma dificuldade para romper contratos mal feitos, se eles foram mal feitos. Eu não tenho esse contrato, eu não consegui olhar esse contrato até hoje. Preço, eficiência, o que eu vejo são as lixeiras todas cheias.

Então se as lixeiras estão cheias, não tá andando bem o contrato, o recolhimento não tá acontecendo. É questão de você negociar. Eu sou um bom negociador, eu vou apertar esse pessoal agora, vou te falar uma coisa. Goiânia não fica mais suja desse jeito não, não. Fazer um mutirão grande de limpeza, sem primeiro dia, vão limpar, desencardir essa cidade. Mas depois nós iremos regularizar essa coleta do lixo. E o contrato pode ser com o que for. Se for ruim pra Goiânia, eu quebro ele.

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