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Categorias: Brasil
| Em 5 anos atrás

Ao anunciar retirada de radares móveis em rodovias, Bolsonaro diz que é covardia receber multa no “final de um retão”

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Na inauguração de obras de duplicação da BR 116, no Rio Grande do Sul, o presidente da República Jair Bolsonaro (PSL) em um discurso assertivo demonstrou sua irritação com os radares móveis no Brasil. Já algum tempo ele vem flertando em retirá-los das rodovias e nesta segunda-feira (12/08), na região de Pelotas anunciou que a partir da próxima semana os radares “não existiram mais”. Também falou que receber multa em rodovias em um “descidão” ou “no final de um retão” é “covardia”.

Bolsonaro relembrou o que chamou de “briga” que está tendo com a Justiça o embate acerca do assunto. No final de março, ele anunciou que estava cancelando a instalação mais de 8 mil novos radares eletrônicos em rodovia federais. No anúncio, feito no Twitter ele justificou dizendo que “a grande maioria destes têm o único intuito de retorno financeiro ao estado”, atacou.

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Desde esse dia, ele tem defendido em lives e entrevistas o fim dos radares eletrônicos de forma gradativa. “Não teremos mais nenhuma nova lombada eletrônica no Brasil. As lombadas que por ventura existem não serão renovadas”, afirmou em uma live no dia 8 de março.

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A “briga” tomou proporções jurídicas quando em abril, a juíza Diana Wanderlei, da 5ª Vara Federal em Brasília, determinou que a União não retire dispositivos eletrônicos, frustando os planos do presidente da República.

Hoje, no Rio Grande do Sul, ele voltou a tocar no assunto de forma muito acentuante. Aparentemente irritado ele usou a expressão “briga” para tratar do imbróglio e voltou a falar que os pardais fazem parte de uma “máfia”. “Tô com uma briga juntamente com o Tarcísio na Justiça para acabarmos com os pardais no Brasil. Essa máfia de multa que vai para o bolso de uns poucos aqui dessa nação. É uma roubalheira essa verdadeira indústria da multa que existe no Brasil”, esbravejou.

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Bolsonaro concluiu seu anúncio falando que é uma “covardia” o motorista receber uma “multa” num “descidão” ou “no final de um retão”. “Anuncio para vocês, que a partir da semana que vem, não teremos mais radares móveis no Brasil. Essa covardia de ficar num descidão, no final de um retão, alguém atrás de uma árvore para multar vocês, não existirá mais”, concluiu.

 

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Domingos Ketelbey

Jornalista e editor do Diário de Goiás. Escreve sobre tudo e também sobre mobilidade urbana, cultura e política. Apaixonado por jornalismo literário, cafés e conversas de botequim.